Você sabe qual é o verdadeiro tamanho de Bernardinho na história do esporte mundial? Poucas vezes paramos para pensar em meio à uma modalidade de alto rendimento e que proporciona vitórias e derrotas na mesma intensidade. Mas isso não pode afetar ou esconder a importância de um dos grandes nomes do vôlei, mas também de todo o universo esportivo.
Bernardo Rocha de Rezende carrega o peso de comandar a maior seleção da história do vôlei. E não, isso não é um exagero. Estar no comando do Brasil nas quadras mundo afora traz uma responsabilidade das maiores já vistas no esporte mundial. Mas somente um personagem é capaz de suportar esse peso e transformar o desafio em uma aula do que é ser treinador e gerir um grupo de jogadores.
Você pode se perguntar… mas o Bernardinho foi campeão novamente com o Brasil? A resposta será não, mas o esporte brasileiro precisa parar de exaltar seus grandes representantes apenas quando eles vencem. O que Bernardo e o grupo de jogadores estão fazendo na Liga das Nações de Vôlei é impressionante e cheio de histórias desafiadoras, mas que envolvem personagem corajosos e determinados.
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O desafio de Bernardinho na VNL
A temporada de 2025 do vôlei mundial trazia muitas dúvidas para a Seleção Brasileira. Depois de uma Olimpíada muito frustrante, a renovação teve início. Bruninho e Lucão decidiram descansar um pouco e deixaram um vazio em termos de liderança. E nem me venha falar que o problema era eles. Dois dos maiores jogadores da história nunca serão um fardo, mas sim a solução em um time encaixado.
Bernardinho não conseguiu encaixar a equipe na véspera da Olimpíada de Paris. Pegou uma equipe sem confiança e também demorou para se adaptar ao cargo novamente. O tão experiente treinador parecia deslocado e sem saber como agir diante de tantos novos jogadores. O resultado todos sabem: eliminação precoce e muitas críticas a todos os envolvidos.
O duro processo de se reerguer não é nada fácil, mas Bernardinho sabe o caminho das pedras. Teve um ano para pensar e reformular tudo. A ausência de líderes claros foi compensada no retorno do ‘velho testamento’ de Bernardo Rezende. O técnico agitado na beira da quadra voltou à tona e trouxe um espírito que faltava na seleção: o de luta e o de nunca estar contente com os resultados.

A cobrança ‘exagerada’ ajuda e muito
A busca pela excelência fez de Bernardinho o maior técnico da história do esporte. E é exatamente isso que ele tenta aplicar para os jovens jogadores que hoje integram a Seleção Brasileira. Na atual temporada da VNL, o Brasil lidera com sete vitórias e apenas uma derrota. Mas, para além disso, o volume de jogo apresentado surpreende e comprova o porque a CBV buscou o retorno do treinador.
Que Darlan, Lukas Bergmann, Maique e companhia possam aprender com Bernardinho. Ele vai gritar, espernear e muitas vezes irritar o próprio jogador, mas tudo isso fez dele o maior da história. E com humildade e respeito, os jogadores podem seguir o caminho de Bruninho e Lucão. Sem comparar ninguém! Mas o futuro do Brasil nas quadras de vôlei está nas mãos de quem conhece o que é vencer.