Na preparação para o US Open, Aryna Sabalenka passa período nos Estados Unidos e faturou mais um torneio Masters 1000. No WTA de Cincinnati, a bielorrussa se sagrou campeã, mas teceu duras críticas à organização do evento, que distribuiu uma premiação desproporcional, na visão da atleta, entre homens e mulheres.
“É claro que os homens serão sempre fisicamente mais fortes que as mulheres, mas isso não significa que não trabalhemos tanto como eles. Do ponto de vista da transmissão e da venda de ingressos, em todos os aspectos isso é injusto”, disse a tenista, em entrevista ao jornal britânico ‘The Guardian’.
O campeão do torneio na chave masculina foi Jannik Sinner, atual número 1 do mundo, que faturou pouco mais de 1 milhão de dólares, R$ 5,4 milhões na cotação atual, com a premiação. Sabalenka, vencedora entre as mulheres, teve um prêmio de 523 mil dólares, cerca de R$ 2,8 milhões.
A organização do torneio, por sua vez, afirmou que tinha o objetivo de equiparar, ou pelo menos deixar mais próximos os valores das premiações. No entanto, eles salientaram que o prêmio em dinheiro é baseado nos lucros das receitas de direitos de transmissão, por isso a diferença gritante entre as duas chaves.
Sabalenka faturou menos que Frances Tiafoe, que perdeu para Sinner na final masculina e ficou com o vice-campeonato. “O mercado está atualmente a pagar uma quantia significativamente mais elevada pelos direitos dos homens do que para as mulheres. É assim que surge a diferença no prêmio em dinheiro”, argumentou a organização do Masters de Cincinnati.