O presidente do Corinthians, Augusto Melo, enfrenta uma ameaça crescente de destituição de seu cargo. Nesta quinta-feira (12), ele sofreu um revés significativo na Justiça, que autorizou o Conselho Deliberativo do clube a votar o impeachment do dirigente.
Anteriormente, Melo havia obtido uma liminar, no dia 2 de dezembro, que suspendeu a reunião do Conselho destinada a discutir sua destituição. No entanto, em decisão de segunda instância, os desembargadores Salles Rossi, Benedito Antonio Okun e Clara Maria Araújo Xavier negaram o pedido do presidente, permitindo que o tema volte à pauta. Embora a decisão judicial abra caminho para o avanço do processo, a expectativa é que a votação pelo Conselho só aconteça em 2025.
🚨| Justiça de São Paulo derruba liminar que suspendia votação de impeachment no Corinthians.
Nesta quinta-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou a liminar que suspendeu a votação de impeachment contra Augusto Melo, presidente do Corinthians. A reunião do… pic.twitter.com/jl1yCEqFLz
— Meu Timão (@MeuTimao) December 12, 2024
Presidente do Conselho se posiciona
Em entrevista ao ge, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, reforçou que conduzirá o caso com responsabilidade. “Vamos avaliar com muita calma e serenidade, como sempre. Sempre agi com correção e justiça, e essa decisão do Tribunal refuta qualquer tese de golpe político no clube“, afirmou Tuma. O dirigente também destacou a importância de seguir os trâmites estatutários e respeitar os interesses do clube em um momento delicado.
Impeachment de Augusto Melo e gestão temerária
O pedido de impeachment contra Augusto Melo está fundamentado em um relatório do Conselho de Orientação (CORI), que aponta indícios de gestão temerária, especialmente no contrato firmado com a empresa VaideBet, atualmente investigado pela Polícia Civil.
Os signatários do processo alegam que a gestão de Melo “arremessou a imagem da instituição num lamaçal de notícias degradantes”. Segundo o relatório, o dirigente teria infringido normas estatutárias e a Lei Geral do Esporte ao negligenciar os impactos negativos do contrato.
Além disso, o estatuto do Corinthians prevê que o impeachment pode ser motivado por:
- Prática de crime infamante com sentença transitada em julgado;
- Prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do clube;
- Reprovação das contas de sua gestão;
- Infringência de normas estatutárias;
- Atos de gestão irregular ou temerária.
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