Na última quinta-feira, 12, a LALIGA divulgou os limites salariais dos 20 clubes que participam do Campeonato Espanhol 2024/25, por meio do LCPD (Limites de Custo do Pessoal Desportivo). Embora o Barcelona tenha melhorado sua posição em comparação à janela de inverno de 2023/24, o clube ainda enfrenta uma situação financeira delicada.
Os dados vieram à tona em uma videoconferência com jornalistas de diversos países, com a presença do SportBuzz. A coletiva contou com a participação de Javier Tebas, presidente da LALIGA, e Javier Gómez, diretor-geral da entidade.
Desafios financeiros do Barcelona
O Barcelona conseguiu aumentar seu limite salarial para 426,4 milhões de euros, um avanço expressivo em comparação com os 204 milhões de euros registrados em fevereiro deste ano. No entanto, o presidente do clube, Joan Laporta, admitiu que o Barça continua distante do objetivo de “1 para 1” – quando as receitas igualam os custos –, com uma diferença estimada em cerca de 60 milhões de euros que necessitam de equilíbrio.
Equilíbrio entre grandes contratações na LALIGA
Questionado pela equipe do SportBuzz sobre como a LALIGA planeja equilibrar o apelo comercial das grandes contratações com a sustentabilidade financeira dos clubes, Javier Tebas destacou que o sucesso esportivo não depende exclusivamente de investimentos milionários.
“A nossa equipe conquistou a Eurocopa com 24 jogadores formados nas categorias de base. Isso mostra que o sucesso esportivo não depende apenas de contratações milionárias. Mas acredito que existe um desequilíbrio quando observamos as contratações da Premier League, onde muitos jogadores vêm e vão, e são gastos valores exorbitantes”, explicou.
“O futebol mudou um pouco a sua estratégia, e o Real Madrid é um exemplo disso, trazendo paciência ao mercado. Eles esperaram para contratar um dos melhores jogadores do mundo, como Bellingham, e isso faz a diferença. Qualquer clube inglês pagaria muito dinheiro por eles, mas conseguimos mantê-los aqui. Não precisamos focar tanto em investimentos externos, mas sim em como equilibrar a eficiência esportiva com os recursos financeiros”, finalizou.
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