Com o boom das casas de apostas no Brasil e algumas suspeitas de fraudes e corrupção por parte de atletas, diretores, influenciadores e até mesmo das próprias ‘bets’, o governo federal se viu na obrigação de regulamentar o serviço no país. Na última quarta-feira (4), foi feita uma coletiva de imprensa da 3ª Cúpula da Integridade Esportiva Brasileira, que contou com a presença de integrantes do governo federal, ex-atletas e sites de apostas.
Ídolo do Flamengo, Athirson entrou ao serviço público em janeiro deste ano, como Secretário do Futebol, pertencente à pasta do Ministério do Esporte. As investigações em relação aos suspeitos envolvimentos de jogadores com esquemas de apostas têm aparecido com frequência. Era comum que denúncias fossem feitas em campeonatos regionais e de pouco conhecimento popular.
No entanto, desde o ano passado jogadores das principais divisões do país e até mesmo do exterior, como Lucas Paquetá, têm sido investigados. Perguntado se o Ministério tem estudado punições mais severas aos atletas que cometam fraudes, Athirson respondeu: “No Governo Federal nós não temos essa gerência. Isso fica a par do STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) e das federações. Como ex-atleta, acredito que o esporte seja transformador e é uma ferramenta que traz melhorias dos valores éticos e morais para se tornar um bom cidadão”.
Dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, 15 são patrocinados por casas de apostas. Nesta semana, a Esportes da Sorte (principal patrocinadora do Athletico, Bahia e Corinthians) se tornou alvo de uma operação policial por supostamente participar de um esquema de lavagem de dinheiro. Ainda em 2024, o Timão também entrou em polêmicas com sua antiga patrocinadora, a VaideBet.
A Secretaria do Futebol, o Ministério do Esporte e o nosso ministro André Fufuca estão sempre preocupados com esses assuntos. Nunca me imaginei no Governo Federal e quando o Fufuca me deu essa oportunidade, me reencontrei, pois sei que posso salvar vidas como secretário. Recentemente foi criada uma Secretaria de Prêmios e Apostas; temos estudado há anos sobre um plano de integridade esportiva, comentou o ex-jogador e agora Secretário Athirson.
A partir de 2025, somente casas de apostas regulamentadas poderão permanecer atuando no território brasileiro. Caso contrário, a exploração de apostas de quota fixa sem autorização sujeita a pessoa jurídica a penalidades, de acordo com a legislação.
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