A Polícia Militar do Paraná identificou três homens como os responsáveis por operar um drone que sobrevoava e filmava o treino da Seleção Brasileira nesta terça-feira, em Curitiba. A ação levanta suspeitas de espionagem, especialmente porque um dos envolvidos é de nacionalidade equatoriana. Até o momento, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não se pronunciou sobre o incidente.
O drone foi avistado logo no início das atividades no Centro de Treinamento do Caju, onde a seleção brasileira se prepara para o confronto contra o Equador. A partir desse momento, seguranças da CBF, guardas municipais de Curitiba e policiais militares foram acionados para capturar o drone e identificar os responsáveis por sua operação.
Após alguns minutos de busca, a Polícia Militar localizou os três suspeitos. Entre eles, estão um brasileiro, um venezuelano e um equatoriano, que inicialmente alegou ser colombiano. O comportamento relutante do trio, especialmente do equatoriano, que forneceu informações falsas, reforçou as suspeitas de que se tratava de uma possível espionagem.
“A gente trabalha com essa hipótese [de espionagem], visto que na primeira abordagem ele foi bem relutante e não passou informação, passando até dados falsos sobre sua identificação. Mas ainda não temos a total fundamentação para fazer esse encaminhamento”, declarou o tenente Taborda ao ge.
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Segundo a polícia, o brasileiro estava operando o drone e, ao perceber que seria abordado, tentou esconder o equipamento, manobrando-o para que caísse em uma área de árvores próximas. No entanto, o drone foi recuperado, assim como o equatoriano identificado logo em seguida. “Eles serão encaminhados para a companhia da Polícia, vamos recolher todos os materiais relacionados, como o computador que era utilizado para armazenar as imagens, o drone e o celular dos envolvidos”, completou o policial.
O incidente ocorre às vésperas do confronto entre Brasil e Equador, marcado para sexta-feira, às 22h, no Estádio Couto Pereira, pela sétima rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A possibilidade de espionagem adiciona um elemento de tensão ao duelo entre as duas seleções sul-americanas.