O universo do tênis internacional foi impactado por declarações recentes de Alexander Zverev, tenista alemão e atual terceiro colocado no ranking mundial, relacionadas aos desafios emocionais que vêm enfrentando no circuito. O episódio ganhou repercussão após uma entrevista do atleta concedida logo após sua eliminação em Wimbledon, um dos torneios mais tradicionais do calendário esportivo.
A vulnerabilidade demonstrada atraiu a atenção de outros nomes consagrados do tênis, incluindo Boris Becker, seis vezes campeão de Grand Slam, que se posicionou publicamente oferecendo suporte ao compatriota. “Vi a coletiva de imprensa ao vivo e chorei com alguém que se abriu e disse: ‘Tenho problemas, tenho problemas mentais, me ajudem'”, pontuou o alemão ao podcast de Andrea Petkovic.
“Nunca o vi tão honesto. Achei-o incrivelmente triste. Entrei em contato com ele imediatamente e me certifiquei de que estava tudo bem”, completou.
Zverev, conhecido por seu desempenho constante nas quadras rápidas e de saibro, revelou sentir-se solitário durante suas participações em competições de alto nível. O tenista utilizou espaços oficiais para abordar tópicos de saúde mental, algo ainda pouco debatido em entrevistas neste esporte. Ao expor sua experiência pessoal, abriu espaço para discussões sobre o suporte disponível a atletas de elite, tanto no ambiente familiar quanto no contexto profissional.
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Zverev em Wimbledon: por que falar sobre saúde mental?
A pressão por resultados e o ritmo intenso das competições de tênis exigem muito mais do que preparo físico. Especialistas em psicologia do esporte explicam que situações como derrotas inesperadas, cobranças externas e isolamento social podem afetar a estabilidade emocional dos tenistas.
No caso de Zverev, as dificuldades relatadas em encontrar apoio adequado, inclusive junto à família, evidenciam a necessidade de acompanhamento psicológico regular, sobretudo para atletas submetidos a cronogramas rigorosos de treinamentos e viagens internacionais.
Questões de saúde mental têm ganhado espaço no debate público à medida que mais esportistas de renome abordam o tema com transparência. O impacto da solidão, aliado ao estresse contínuo e à expectativa de conquistas, pode levar ao surgimento de sintomas de ansiedade e insegurança. Tais fatores contribuem para a busca por estratégias de prevenção e para a adoção de rotinas que priorizam o bem-estar emocional dos jogadores.





