Gabriel Medina teve um 2024 memorável com a conquista do bronze na Olimpíada de Paris. Em meio à glória, poucos imaginam os percalços enfrentados pelo atleta até o feito. No evento de divulgação do Beyond The Club, o surfista de São Sebastião expôs os pensamentos que o invadiram há poucos anos.
“Eu me senti vivendo em vão, não queria aquela vida tanto assim. Então, parei de competir para me cuidar”, relembrou Medina. Com isso, decidiu ir atrás da sua melhor versão e reencontrar seu propósito. “Tentei buscar meus valores, criar rotinas e me juntei com as pessoas que eu gosto. Me aproximei mais de Deus, frequentei bastante a igreja. Viajei este ano, então fiz coisas para me reencontrar mesmo. Criei novas metas e objetivos”.
Nesse processo, o medalhista ressaltou a importância da sua rede de apoio. “Eu fui fazendo e evoluindo, mas tive ajuda da minha psicóloga também. Tudo passa, o bom e o ruim. Eu sou prova disso. Hoje, estou muito feliz e na minha melhor fase mental e profissionalmente”, pontuou.
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Filipe Toledo, que também esteve presente no evento, endossou o pensamento do colega brasileiro no esporte. “A gente sofre e passa por momentos difíceis, mas a gente ganha, aproveita, curte com a família e amigos. Nós somos seres humanos, temos que aproveitar também. Depois de muitos anos nessa batalha, eu organizei meus pensamentos e coloquei as minhas prioridades no papel. E foi aí que saíram meus títulos mundiais”, cravou.
“É muita oscilação. Em um final de semana, você está ganhando o campeonato, no outro, está por baixo. Em um dia, perde o título, e na semana seguinte, está brigando para poder se manter na elite do surf mundial, do ranking. Nossa vida é lidar com derrotas e vitórias. Especialmente essas últimas, porque a gente deixa se deslumbrar demais”, disse Filipinho.
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