O surfista Italo Ferreira posou com sua prancha para fotos inéditas durante o eclipse solar anular neste sábado, 14. O ensaio foi realizado em Baía Formosa, cidade onde o campeão olímpico nasceu, pelo fotógrafo Marcelo Maragni.
O Rio Grande do Norte foi considerado um dos melhores estados para a observação do fenômeno. Maragni passou quatro meses estudando para capturar a imagem perfeita com o surfista. Confira as imagens:
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“Esse foi um projeto mais que especial para mim, fiquei muito feliz de aqui no Rio Grande do Norte a gente ter a melhor visão do eclipse e de ter sido abençoado com essa foto que a gente vem trabalhando há meses para que ficasse perfeita. Hoje quando saí de casa tinham muitas nuvens no céu e eu fiquei um pouco apreensivo, mas quando chegamos na pedra que seria o ponto perfeito calculado o tempo limpou”, disse o surfista por meio de sua assessoria.
“E quando começou o eclipse conseguimos fazer a foto que, na minha opinião, é provavelmente uma das melhores fotos que alguém já fez durante um eclipse. Estar vivendo esse momento é surreal e muito simbólico, principalmente porque representa um dos arcos olímpicos e me lembra o quão especial foram às Olimpíadas para mim”, completou.
O fenômeno do eclipse anular ocorre quando a Lua está no ponto mais distante da Terra, em sua órbita. No período, a Lua parece menor do que o Sol no céu. O último eclipse anular solar ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível no Brasil. O próximo será em um ano, no dia 2 de outubro de 2024.
A cena com Italo foi eternizada em uma única tentativa e em cerca de cinco segundos, como informa o comunicado. No curto período, Maragni precisou ajustar sua posição para registrar o ângulo perfeito do “anel de fogo”.
O fotógrafo passou quatro meses estudando em mais de 20 picos e montanhas ao redor da praia para encontrar a angulação exata para Italo ficar.
“Esse foi uma das fotos mais complexas que já fiz, foram trabalhosas tentativas de encontrar um local com a angulação de azimute, que é um ângulo em relação ao Norte e com uma inclinação específica de altura. Também usei dois celulares para simular um teodolito, que é um equipamento de medição de relevo; coloquei um filtro de densidade neutra na lente para diminuir a luz que entraria na câmera e usei espelhos para refletir a luz do Sol e iluminar o atleta e evitar o efeito de silhueta na imagem do Ítalo que o pôr do Sol costuma causar”, explicou Marcelo Maragni.
O eclipse no Brasil começou a ser visto por volta das 15h deste sábado. O ‘anel de fogo’ se formou por volta das 16h40, durando um curto período. O eclipse anular pôde ser visto do país somente pelos estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco, além do Rio Grande Norte.