Considerada uma das mais experientes do cenário do skate, Yndiara Asp tem apenas 25 anos de idade. No entanto, a atleta já carrega a missão de ser um dos principais exemplos para as mais jovens. Em entrevista exclusiva ao SportBuzz, Yndi falou sobre como se sente sendo espelho para tantas meninas que sonham em construir carreira.
Além disso, Yndiara Asp comentou a necessidade de se ter mais investimento no esporte para que novos talentos apareçam. Apesar de reconhecer que as meninas tomaram o protagonismo no skate mundial, ela deixou clara a necessidade de continuar lutando pelos direitos e pela igualdade na comparação com a categoria masculina. Confira a entrevista abaixo!
Yndiara Asp encerra a série de reportagens do SportBuzz. Desde quarta-feira, 11, o portal trouxe entrevistas exclusivas com nomes importantes do skate feminino para avaliar a fase vivida por elas e o que ainda pode ser melhorado na modalidade. Acompanhe e conheça a série do SB: “O skate feminino e a inspiração por novos talentos“.
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P: Qual é o principal desafio de ser skatista, mas também uma inspiração para novas atletas?
R: O principal desafio, acredito que seja dar o primeiro passo e acreditar no seu sonho, mesmo quando as pessoas duvidarem de você. Quando comecei a andar de skate meu sonho era estar entre as melhores skatistas do mundo, e conseguir realizar isso me provou que somos capazes e devemos seguir nossos sonhos. Me sinto muito grata por fazer o que eu amo e poder inspirar as pessoas a acreditarem nelas e sonharem cada vez mais alto.
P: Como você tenta ser um exemplo para que novas meninas possam brilhar no skate?
R: Gosto de inspirar as pessoas através das experiências que eu vivo e compartilhar minhas conquistas, mostrando de forma real, os desafios, as quedas, e por exemplo, as mais de 100 tentativas para acertar uma manobra. Porque se a gente tem um sonho, é preciso se entregar e dedicar ao máximo, que vamos conseguir realizá-lo.
Também acho importante proporcionar ações que inspirem as pessoas. Participar dos campeonatos já é uma grande parte disso, mas gosto de furar a bolha e projetar o skate para novos públicos, pessoas, parceiros que estejam abertos a apoiar o universo do skate.
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P: Como é viver esse momento tão especial do skate feminino ao lado de tantos talentos?
R: É realmente incrível fazer parte desse momento tão histórico para o skate feminino. Depois das Olimpíadas, o esporte cresceu demais, atraiu mais espectadores, mais patrocínios, mais pistas, enfim, mais apoio e visibilidade para o esporte. As pessoas estão vendo o alto nível do feminino, e ao mesmo tempo se aprofundando na cultura do skate.
P: O que ainda falta ser feito em termos de apoio e incentivo na comparação com o masculino?
R: A discussão de gêneros no skate passou por uma verdadeira revolução nos últimos anos, Antigamente, ele era considerado um esporte de menino. Só que hoje, a maioria das pessoas quando pensa em skate no Brasil, busca referências nas mulheres que estão conquistando e dominando o cenário mundial, e isso é incrível.
O desempenho das meninas, mais o trabalho que construímos ao longo dos anos, mostraram para o público que o nosso esporte é para todos. Acredito que temos que continuar lutando pelos nossos direitos e reivindicando a igualdade no skate, sempre.