Elena Congost, maratonista espanhola da classe T12, cruzou a linha de chegada da maratona da Paralimpíada de Paris na terceira colocação. No entanto, apesar de toda comoção e alegria, a atleta não foi premiada com a medalha de bronze por conta de uma desclassificação polêmica.
Como tem deficiência visual, a mulher correu acompanhada de um guia, o também espanhol Mia Carol. Após mais de três horas de corrida, a dupla estava próxima da medalha de bronze, com a linha de chegada perto e há três minutos de distância da quarta colocada Misato Michishita, do Japão, mas um incidente aconteceu.
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Em um ritmo mais leve, Congost tropeçou faltando pouco mais de 10 metros para a linha de chegada. Assim, para evitar a queda de seu guia, a espanhola soltou a corda que ambos precisam segurar ao longo da maratona. Rapidamente, a maratonista se levantou, os dois voltaram a segurar a corda e cruzaram a linha de chegada convictos da medalha de bronze.
Por uma suposta vantagem ao soltar a corda que liga a atleta ao guia, a dupla espanhola foi desclassificada e Misato Michishita ficou com a medalha. “Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Eu trabalhei tanto, lutei, dei o meu melhor. Muitas pessoas me ajudaram, e elas merecem essa comemoração com a medalha”, disse Elena Congost à ‘CNN’.
A maratonista espanhola garantiu que irá entrar na Justiça e recorrer por sua medalha de bronze da Paralimpíada de Paris. Inclusive, pontuou como será sua comemoração. “Aquele momento no pódio, eles roubaram de nós. Nós nunca teremos isso, mas meu treinador me prometeu que, se em algum momento eles nos derem a medalha, nós voltaremos a Paris, à Torre Eiffel, e tiraremos uma foto com a medalha”, completou.