As Paralimpíadas de Paris 2024 começam hoje, dia 28, com um objetivo claro para o Comitê Paralímpico brasileiro: superar campanhas anteriores. Desde Pequim 2008, quando alcançou o nono lugar, o país tem garantido sua posição entre as maiores potências do esporte paralímpico, destacando-se em edições como Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020.
A meta para Paris, segundo o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Yohansson do Nascimento, é bater os recordes de 72 medalhas e 22 ouros conquistados nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021. O planejamento estratégico indica que o Brasil deve atingir entre 70 e 90 medalhas, com uma conquista histórica de mais de 80 medalhas.
Brasil nas Paralimpíadas: Projeções do Comitê Paralímpico
Yohansson do Nascimento afirma que o trabalho duro e consistente tem sido fundamental para posicionar o Brasil como uma potência paralímpica. Centros de treinamento de ponta, como o existente em São Paulo, e iniciativas como as escolinhas paralímpicas contribuíram significativamente para essa evolução.
Outro ponto forte é o investimento em infraestrutura e apoio aos atletas. Atualmente, existem 72 centros de referência espalhados por todo o Brasil, oferecendo suporte para crianças com deficiência que desejam ingressar no esporte. Esses centros são complementados pelos festivais paralímpicos, que apresentaram o esporte a jovens de 119 cidades no ano passado.
Como o Brasil se tornou uma potência paralímpica?
Os números notáveis refletem a estabilidade de um trabalho sólido no esporte paralímpico. Além dos centros de treinamento, programas como as Paralimpíadas Escolares e os campings paralímpicos são essenciais. Nesses eventos, jovens atletas são selecionados e recebem treinamentos específicos no CPB, elevando seus níveis de competitividade.
Qual é o futuro do esporte paralímpico no Brasil?
O objetivo para o futuro é aumentar a visibilidade e atrair novos talentos, impactando pessoas ainda não envolvidas no movimento paralímpico. Yohansson acredita que, além das medalhas, a crescente visibilidade do esporte paralímpico ajudará a descobrir novos atletas e aumentar o interesse do público.
Ele observa uma tendência de crescimento no consumo de esportes paralímpicos entre os brasileiros, o que torna o futuro promissor para próximas edições, como Los Angeles 2028 e Brisbane 2032. O apelo popular e a torcida apaixonada têm potencial para transformar o cenário esportivo paralímpico no Brasil.
Com a estrutura bem estabelecida e uma estratégia clara, o Brasil está pronto para enfrentar as Paralimpíadas de Paris 2024 com o objetivo de fazer história e continuar seu legado como uma das maiores potências do esporte paralímpico mundial.