Rubinho Barrichello participou do Grande Círculo, programa do SporTV e foi sincerão ao falar sobre sua carreira e vida pessoal.
“Eu tinha a mais pura certeza de que seria campeão do mundo, mas tudo aconteceu de forma diferente. Ficou um vazio enorme”, revelou o piloto.
Barrichello também relembrou a época em que Ayrton Senna estava vivo e sobre ter sido colocado no posto de substituto.
Rubens falou sobre como sua carreira foi afetada pela morte do corredor:
“A morte dele foi a coisa mais difícil porque a gente estava lidando com o chefe, com alguém que era uma lenda. Se o Ayrton pudesse ter estado com a gente, minha carreira teria sido muito mais tranquila”, admitiu.
Ele continuou, falando sobre a esperança de ter sido campeão mundial.
“Quando ele se foi, meu carro não era bom, mas eu quis dizer ‘fiquem tranquilos porque tudo o que eu ganhei na vida, se Deus quiser, logo logo eu vou estar ganhando’. Eu tinha a mais pura certeza de que seria campeão do mundo, mas tudo aconteceu de forma diferente. Ficou um vazio enorme, eu tinha 22 anos”, completou.
Outro assunto foi o GP da Áustria 2002, quando Barrichello teve de deixar Michael Schumacher passar e vencer.
O dia do famoso “hoje não, hoje não, hoje sim!”, que virou um dos bordões do jornalista Cléber Machado.
“Eu vi a corrida de novo várias vezes, você nota o Cléber indignado, igual ao povo brasileiro. Eu saí mal da corrida. Eu tive que ligar para o meu pai para falar o porquê disso. É dignidade, é princípio.O pessoal fala que eu sabia daquilo. Eu não sabia. O ano anterior, eu deixei passar de segundo para terceiro e eu desci do carro indignado, ninguém prestou atenção porque quem ganhou foi o Coulthard, e fui perguntar para o cara se fosse pela primeira posição”, contou Rubens.
Ele finalizou afirmando: “Ele me disse que se fosse para primeiro nunca me pediriam isso. Nunca me esqueci. A razão por eu ter deixado o Schumacher passar na última curva é porque até a penúltima eu estava decidido a não deixar ele passar”.