Nas competições olímpicas, as provas de velocidade do atletismo sempre ocuparam um papel central e simbólico. Desde as primeiras edições dos Jogos, corridas como 100 metros, 200 metros, 400 metros, provas com barreiras e revezamentos ajudam a definir ídolos, rivalidades e épocas inteiras do esporte. A cada ciclo olímpico, o interesse do público não se concentra apenas nas medalhas, mas também na possibilidade de ver recordes olímpicos serem superados.
Os recordes olímpicos das provas de velocidade funcionam como um retrato fiel da evolução do atletismo de alto rendimento. Eles refletem avanços em treinamento, ciência do esporte, qualidade das pistas e regulamentos técnicos. Ainda assim, alcançar uma marca histórica em Jogos Olímpicos segue sendo um feito raro, reservado a atletas que alinham talento, preparação e desempenho máximo.
Quais são os principais recordes olímpicos nos 100 metros rasos?
A prova dos 100 metros é conhecida como a corrida do homem e da mulher mais rápidos do mundo. No masculino, o grande nome da história olímpica é Usain Bolt. O jamaicano estabeleceu o recorde olímpico em Londres 2012, ao vencer a final com 9,63 segundos, consolidando sua hegemonia após também quebrar a marca em Pequim 2008.
Entre as mulheres, o recorde olímpico dos 100 metros pertence a Elaine Thompson-Herah. A jamaicana correu a final dos Jogos de Tóquio 2020, disputados em 2021, em 10,61 segundos, superando a marca histórica de Florence Griffith Joyner, que era de 10,62 segundos desde Seul 1988.
Vale lembrar que Griffith Joyner chegou a registrar um tempo ainda mais rápido naquela edição, mas o resultado não foi homologado como recorde devido à influência do vento acima do limite permitido.

Recordes olímpicos dos 200 e 400 metros: quem domina as distâncias?
Nos 200 metros masculinos, Usain Bolt também deixou sua marca. Em Pequim 2008, ele venceu a final com 19,30 segundos, superando o recorde olímpico e mundial que pertencia a Michael Johnson desde Atlanta 1996.
No feminino, os 200 metros seguem sob domínio histórico de Florence Griffith Joyner, que registrou 21,34 segundos na final de Seul 1988. Até hoje, esse tempo permanece como recorde olímpico e mundial.
Na prova dos 400 metros masculinos, o recorde pertence a Wayde van Niekerk, que correu em 43,03 segundos no Rio 2016. Já no feminino, a melhor marca olímpica é de Marie-José Pérec, com 48,25 segundos em Atlanta 1996.
Como estão os recordes olímpicos nas provas com barreiras?
As provas com barreiras exigem equilíbrio entre velocidade, técnica e ritmo. Nos 110 metros com barreiras masculinos, o recorde olímpico pertence a Liu Xiang, que venceu a final de Atenas 2004 com 12,91 segundos, igualando o recorde mundial da época.
Nos 100 metros com barreiras femininos, o recorde olímpico foi estabelecido por Jasmine Camacho-Quinn na semifinal dos Jogos de Tóquio 2020, com 12,26 segundos. Na final, ela confirmou o ouro com um tempo ligeiramente superior.
Já nos 400 metros com barreiras, Tóquio 2020 marcou uma nova era. Karsten Warholm venceu no masculino com 45,94 segundos, enquanto Sydney McLaughlin estabeleceu o recorde feminino com 51,46 segundos, ambos superando recordes olímpicos e mundiais.
Recordes olímpicos nos revezamentos e o que eles revelam
Nos revezamentos, a coordenação na troca de bastão é tão importante quanto a velocidade individual. O recorde olímpico do 4×100 metros masculino pertence à Jamaica, com 36,84 segundos em Londres 2012. No feminino, o recorde é dos Estados Unidos, com 40,82 segundos na mesma edição.
No 4×400 metros masculino, o melhor tempo olímpico é dos Estados Unidos desde Pequim 2008. No feminino, a marca pertence à antiga União Soviética desde Seul 1988 e segue intocada.
Já o 4×400 metros misto, introduzido em Tóquio 2020, teve como primeiro recordista olímpico a Polônia. Esses dados mostram como os recordes olímpicos de velocidade refletem a evolução do atletismo e servem de referência para as próximas gerações.





