A lutadora Imane Khelif avançou à final do boxe feminino em Paris 2024. Após eliminar a tailandesa Janjaem Suwannapheng, a argelina disputará a medalha de ouro com a chinesa Yang Liu no peso meio-médio. Além disso, ela destacou que não liga para as polêmicas recentes envolvendo a sua identidade sexual.
“Estou muito orgulhosa do povo de Argélia e do mundo árabe. Fiz o meu máximo por eles e todos eles vieram aqui me ajudar. Estou na final e estou muito feliz como árabe e com todo o povo. Eu não me importo com críticas, eu estou aqui para competir. Chegamos na final com esforço”, cravou.
Khelif foi uma das duas boxeadoras de Paris 2024 reprovadas nos testes de elegibilidade de gênero, o que fomentou acusações de ser uma atleta trans não regulamentada. A boxeadora, no entanto, possui hiperandrogenismo, que é um aumento da quantidade de testosterona em corpos femininos.
Essa condição pode acometer mulheres cis e trazer características físicas tipicamente masculinas. O hiperandrogenismo também não significa, necessariamente, intersexualidade, embora pessoas intersexo possam apresentar o quadro.
O porta-voz do COI, Mark Adams, havia prestado apoio a Imane na última sexta-feira, 2. “Khelif nasceu mulher, foi registrada como mulher, vive sua vida como mulher, luta boxe como mulher. Não se trata de um caso de transexualidade”, disse.