Nesta segunda-feira (5), o técnico Bernardinho viveu um momento inédito em sua carreira olímpica: pela primeira vez, ele não subiu ao pódio nos Jogos. Sob seu comando, a seleção brasileira de vôlei masculino foi derrotada pelos Estados Unidos e eliminada nas quartas de final da Olimpíada de Paris 2024. A derrota não só marcou a despedida de uma era para o vôlei brasileiro, com possíveis saídas de veteranos como Bruninho e Lucão, mas também levantou dúvidas sobre a continuidade de Bernardinho à frente da equipe.
❎ ELIMINADOS! A seleção masculina do Brasil está eliminada dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 🇧🇷 pic.twitter.com/lFY396qMZp
— Portal Vôlei Brasil 🏐🇧🇷 (@portal_volei) August 5, 2024
Em entrevista após a partida, Bernardinho deixou seu futuro em aberto, expressando dúvidas sobre seu papel na equipe, mas reafirmando seu compromisso com o desenvolvimento do time. “Eu tenho que ver o que minhas filhas vão dizer. É a minha vida, mas pode ter certeza que, se não estiver como protagonista liderando, vou estar próximo. Não vou me afastar e deixar de contribuir de maneira nenhuma com essa rapaziada e com o novo ciclo que se inicia”, afirmou o técnico, que também exerce a função de coordenador de seleções da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).
Apesar da eliminação precoce em Paris – a primeira vez que o Brasil não alcança as semifinais olímpicas desde Sydney 2000 – e a pior colocação desde Munique 1972, Bernardinho acredita que o futuro do vôlei masculino brasileiro é promissor. “Pode escrever o que digo aqui. O vôlei masculino vai brigar mais com esses principais times. Não tenho dúvida disso. Vamos ter que trabalhar muito, ralar muito, sentir um pouco mais as coisas. O trabalho lá embaixo mesmo vai ter que começar”, disse ele, destacando a importância de investir na nova geração.
Bernardinho, que conquistou dois ouros e duas pratas olímpicas com a seleção masculina, também refletiu sobre seu papel no próximo ciclo olímpico. “Eu nem sei se sou a pessoa ideal para estar. Posso contribuir? Claro que eu posso e vou. Tenho que refletir. Será que sou a pessoa ideal para ser o treinador na próxima geração? Essa é uma questão muito importante. Agora, quero poder voltar para ajudar. Não quero sair do processo com um gosto amargo de ter ficado fora da semifinal das Olimpíadas”, avaliou o técnico.