Uma das principais esperanças de medalha para o Brasil no judô, Mayra Aguiar foi eliminada na primeira fase da disputa em Paris 2024. Apesar disso, foi consolada pelo repórter da TV Globo, Marcelo Courrege, e protagonizou um momento especial, pedindo um abraço ao profissional, em meio também a um desabafo sobre o ciclo olímpico.
“Eu não ia chorar. Posso te dar um abraço?”, perguntou enquanto ouvia os elogios, e logo respondeu: “É bom escutar isso. A gente se cobra muito. Óbvio que tem a cobrança externa, mas a interna é sempre muito, muito grande. Mas é isso. É o que nos dá força, o que nos faz crescer. E o judô é uma coisa que me ensinou muito para a vida inteira: cai, levanta. Obrigada pelas palavras, obrigada pelo carinho. Vamos voltar para casa, vamos colocar a cabeça no lugar e levantar de novo”.
Tricampeã mundial e dona de três medalhas olímpicas. Mayra Aguiar é uma lenda do nosso esporte.
Hoje não foi do jeito que ela esperava, mas o esporte tem dessas… pic.twitter.com/phOPZNUgX8
— Piu Esportes (@piuesportes) August 1, 2024
Vale lembrar que Mayra havia conquistado a medalha de bronze nas últimas três edições de Olimpíadas, em Londres, Rio e Tóquio, mas não conseguiu manter a escrita. Por outro lado, um tabu negativo foi mantido, já que ela foi derrotada para a italiana Bellandi pela quarta vez na carreira, sem nenhuma vitória no confronto.
“É uma luta sempre muito dura, um estilo de jogo que ainda não aprendi a jogar. É um jogo mais estratégico. Eu sempre busquei muito golpe. Treinei bastante, mas infelizmente desta vez não deu. Ela foi melhor. É o judô, é o esporte. É triste, é ruim, uma derrota amarga. Derrota nunca é boa, por mais que seja onde a gente mais aprende. Mas é duro“, lamentou.

Aos 32 anos, esta foi a quinta Olimpíada de Mayra Aguiar na carreira, com as três medalhas conquistadas, já citadas anteriormente. Em Paris, duas medalhas já foram conquistadas pelo país no esporte, com a prata de Willian Lima, e o bronze de Larissa Pimenta, logo nos primeiros dias de competição.