O jogador de várzea Pedro Teixeira Dos Santos Bisneto, de 23 anos, morreu após sofrer um acidente grave durante uma partida no litoral paulista.
O jovem bateu a nuca em um muro ao disputar uma bola no Campo do Benfica, em Guarujá, e não resistiu após 11 dias internado.
Como foi o acidente que tirou a vida do jovem atleta?
O acidente com Pedro Bisneto ocorreu em 23 de outubro de 2025, durante uma partida entre os times Deu Dobra e Savoy, no Campo do Benfica, em Guarujá (SP). Pedro atuava como lateral-direito do Deu Dobra.
Durante a disputa de uma bola, o jovem caiu e bateu a região da nuca contra o muro do alambrado. A estrutura do campo, típica de muitos campos amadores no Brasil, não contava com barreiras de proteção adequadas.
Ele foi socorrido imediatamente à UPA da Rodoviária de Guarujá, depois transferido ao Hospital Santo Amaro e, por fim, ao Hospital Ana Costa, em Santos, onde faleceu na madrugada do dia 1º de novembro.
Campos de várzea ainda oferecem riscos estruturais invisíveis
A tragédia escancara um problema recorrente: a falta de segurança em campos de futebol amador. Muitos não seguem normas mínimas de afastamento entre o campo e as paredes, alambrados ou obstáculos fixos.
Mesmo sem contato violento com outro jogador, uma simples queda pode ter consequências fatais quando há muros próximos ao gramado.
- Muitos campos têm muros a menos de 1 metro da linha lateral
- Alambrados sem acolchoamento aumentam o risco de trauma
- Ausência de atendimento médico imediato agrava quadros graves
- Campeonatos amadores raramente têm fiscalização de segurança
O impacto da perda em comunidades ligadas ao futebol amador
A morte de Pedro Bisneto causou forte comoção entre amigos, familiares e jogadores da várzea. O clube Deu Dobra declarou luto e destacou o espírito guerreiro e a alegria que Pedro levava a cada jogo.
Mensagens emocionadas nas redes sociais destacam a admiração que ele despertava no time e na comunidade local. Ele era considerado exemplo de lealdade, amizade e paixão pelo esporte.
Por que tragédias como essa devem impulsionar mudanças urgentes?
Infelizmente, acidentes fatais em jogos amadores não são casos isolados. Com estruturas precárias e ausência de fiscalização, campos de várzea podem se tornar armadilhas silenciosas para atletas dedicados.
É urgente que as prefeituras, federações locais e organizadores de torneios exijam laudos de segurança, implementem medidas de prevenção e ofereçam suporte médico em jogos.
Atenção: A legislação atual já prevê normas básicas para eventos esportivos, mas sua aplicação em torneios de base ou amadores é praticamente inexistente em muitos municípios.
