Em um feito extraordinário, um grupo de 24 jogadores americanos estabeleceu um novo recorde mundial ao disputar uma partida de basquete ininterrupta por 121 horas e 3 minutos. Este evento, que ocorreu entre 16 e 21 de março de 2025, foi registrado no Guinness Book como a partida de basquete mais longa já realizada. O placar final foi de 13.096 a 12.972, destacando a intensidade e a resistência dos atletas envolvidos. O recorde anterior, estabelecido em 2022, era de 120 horas. A organização do Guinness Book acompanhou de perto para garantir que todas as regras fossem cumpridas.
Os jogadores não puderam deixar a quadra durante o jogo, exceto para pausas rápidas para uso do banheiro. Para se ter uma ideia, uma partida convencional de basquete, segundo as regras da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA), dura 40 minutos. Assim, este jogo maratona equivaleu a cerca de 123 partidas consecutivas. Durante o evento, os árbitros monitoraram rigorosamente as regras e a contagem de pontos, assegurando que não houvesse divergências.
Como foi possível jogar por tanto tempo?
O jogo começou na manhã de domingo e se estendeu até a sexta-feira seguinte. Os jogadores tiveram que se adaptar a uma rotina intensa, dormindo e se alimentando na própria quadra. Estruturas foram montadas para que pudessem descansar entre os turnos. As regras para o recorde eram rigorosas: qualquer jogador que acumulasse seis faltas em duas horas seria desqualificado, mas felizmente, não houve expulsões por faltas. Para manter a segurança, foram realizadas verificações de saúde frequentes, e profissionais de saúde estavam disponíveis 24 horas por dia.
Os atletas foram organizados em equipes de seis, com rodízios de duas horas durante o dia e turnos de descanso de cinco horas à noite. Este sistema permitiu que eles mantivessem o desempenho sem comprometer a saúde, embora a experiência tenha sido extremamente desgastante. Equipamentos especiais foram usados para monitorar sinais vitais dos jogadores, garantindo que qualquer problema fosse imediatamente identificado e tratado.
Qual foi o propósito por trás do recorde?
O evento foi organizado pela Men Opposing Sex Trafficking, uma organização dedicada a combater o tráfico sexual de pessoas. O objetivo era aumentar a conscientização sobre essa questão crítica e arrecadar fundos para apoiar programas de recuperação para sobreviventes. A ação atraiu atenção significativa, não apenas pelo recorde, mas também pela causa que defendia. Além de doações individuais, patrocinadores corporativos contribuíram significativamente para a captação de recursos.
Bruce Deel, fundador da organização, destacou a importância de iniciativas como essa para sensibilizar a sociedade e fazer uma diferença real. A partida foi transmitida ao vivo, e uma equipe de apoio esteve presente para garantir que os jogadores tivessem tudo o que precisavam, desde alimentos até assistência médica. Durante a transmissão, depoimentos de sobreviventes de tráfico sexual foram compartilhados para aumentar o impacto emocional e educacional do evento.
Como a comunidade reagiu ao evento?
O evento contou com o apoio de familiares, amigos e voluntários, que acompanharam de perto a maratona. A transmissão ao vivo permitiu que pessoas de todo o mundo se juntassem à causa, gerando um impacto ainda maior. Páginas nas redes sociais foram criadas para engajar o público e compartilhar atualizações em tempo real, alcançando um público diverso e global.
Journey Rutherford, uma das voluntárias, expressou a honra de participar de algo tão significativo, destacando o compromisso dos jogadores com a causa. A comunidade local organizou eventos paralelos, como vendas de produtos e leilões, para arrecadar ainda mais fundos em apoio à causa. Este recorde não foi apenas uma demonstração de resistência física, mas também um poderoso lembrete do que pode ser alcançado quando se une esporte e ativismo social. A maratona de basquete serviu como um exemplo inspirador de como o esporte pode ser usado como uma plataforma para promover mudanças sociais significativas.