Kyrie Irving, que joga na NBA pelo Brooklyn Nets, não está mais associado à Nike, gigante de materiais esportivos. A finalização do vínculo pela empresa se deu após a polêmica divulgação de materiais antissemitas por parte do australiano, que também culminou em punições instituídas pela sua própria equipe. O armador lançava peças de roupas (principalmente tênis) personalizadas ao lado da companhia.
“Na Nike, acreditamos que não há lugar para discursos de ódio”, declarou a empresa, que ainda completou: “Desse modo, condenamos qualquer forma de antissemitismo. Estamos profundamente entristecidos. Além disso, muito desapontados com a situação e seu impacto em todos”. O contrato entre as partes (que firmavam parceria desde 2014) era válido até 2023.
A marca, também conhecida no universo do basquete pelas colaborações já construídas com LeBron James, Kobe Bryant e Michael Jordan, declarou que não irá mais patrocinar o atleta. O projeto mais recente de Kyrie com a Nike, que seria denominado “Kyrie 8”, também teve seu lançamento cancelado pela organização norte-americana.
QUEBROU O SILÊNCIO
Kyrie Irving, astro do Brooklyn Nets na NBA, abriu o jogo após receber punição da franquia na última quinta-feira, 3. O atleta havia promovido um filme de caráter antissemita, foi mal visto pela comunidade norte-americana e demonstrou relutância em pedir desculpas pelo feito. Embora o australiano tenha tentado se explicar anteriormente, permanecia firme em seu “posicionamento”, até que decidiu alterar a postura de forma pública.
“Para todas as famílias e comunidades judias que estão feridas e afetadas pelo meu post, lamento profundamente por causar dor e peço desculpas”, declarou Kyrie. “Quero esclarecer qualquer confusão sobre onde estou na luta contra o antissemitismo […]. Não pretendia desrespeitar a história cultural judaica em relação ao Holocausto ou perpetuar qualquer ódio”.