Joilton Lutterbach, escalado de última hora para o UFC na Arábia Saudita e posteriormente retirado do evento após admitir o uso de substâncias proibidas, enfrentou um grande revés nesta terça-feira (13). O UFC emitiu um comunicado oficial em seu site informando que Lutterbach, conhecido como “Peregrino”, testou positivo para um metabólito da drostanolona, um esteroide anabolizante proibido pela política antidoping da organização. Como resultado, o peso-médio brasileiro foi suspenso por dois anos pela Combat Sports Anti-Doping (CSAD) e teve seu contrato com a companhia rescindido.
Com isso, Joilton foi demitido do UFC antes mesmo de realizar sua tão aguardada estreia na organização presidida por Dana White. De acordo com o comunicado, o teste positivo foi registrado em uma amostra de urina coletada fora do período de competição, no dia 8 de junho, pela Drug Free Sport International. A suspensão de Joilton começou oficialmente em 23 de junho, data em que ele foi notificado da sanção, o que significa que o lutador paraibano só poderá retornar ao MMA profissional em 23 de junho de 2026.
Statement on Joilton Lutterbach pic.twitter.com/bl4nSpEY9u
— Marcel Dorff 🇳🇱🇮🇩 (@BigMarcel24) August 13, 2024
No final de maio, Joilton havia recebido uma proposta do UFC para enfrentar Sharabutdin Magomedov no mês seguinte, na Arábia Saudita. Ao aceitar a luta, o brasileiro deveria ter declarado o uso de quaisquer substâncias proibidas consumidas nos últimos 12 meses, conforme especificado no comunicado do UFC. Nessas situações, o lutador não seria punido por violação de doping, mas poderia cumprir uma suspensão de seis meses, desde que apresentasse dois testes limpos. Seguindo esse protocolo, Lutterbach teria enfrentado uma punição significativamente menor.
No entanto, mesmo ciente de que havia feito “uso extensivo de drostanolona” nos meses anteriores, Joilton optou por não revelar essa informação, esperando estar limpo para competir no card da Arábia Saudita. Um teste realizado dias antes do evento, porém, frustrou os planos do paraibano, resultando em uma suspensão de 24 meses por omissão.
Joilton Lutterbach é o terceiro brasileiro flagrado em exames antidoping nas principais ligas de MMA nos últimos dias. Bruno Blindado, também no UFC, recebeu uma suspensão de seis meses por testar positivo para a mesma substância de Lutterbach. No caso de Blindado, a punição foi mais branda, já que a quantidade da substância encontrada foi considerada insuficiente para melhorar o desempenho atlético. Na PFL, Bruno Cappelozza foi suspenso por um ano após testar positivo para clomifeno, sendo seu segundo flagra por doping nos últimos anos.
Vale destacar que, desde a rescisão com a USADA no final de 2023, as amostras dos atletas do UFC são coletadas pela Drug Free Sport International, enquanto a administração e as sanções são supervisionadas pela Combat Sports Anti-Doping (CSAD).