O Regulamento de Sustentabilidade Financeira do Futebol Brasileiro, conhecido como Fair Play Financeiro, foi apresentado pela CBF e promete transformar a gestão dos clubes. A medida busca maior equilíbrio econômico e transparência nas contas das equipes.
Com participação ativa de todos os times da Série A, o documento estabelece pilares que vão desde o controle de dívidas até limites de gastos com elenco. A expectativa é que a nova regra traga mais responsabilidade e estabilidade ao futebol nacional.
Quais são os pilares do Fair Play Financeiro
O regulamento se apoia em quatro pontos centrais: controle de dívidas em atraso, equilíbrio operacional, limite de custos com elenco e controle de endividamento de curto prazo. Esses pilares foram definidos após ampla consulta, com 85% dos integrantes do grupo de trabalho participando e 45% das respostas trazendo sugestões para a construção das regras.

Controle de dívidas e gastos dos clubes
O sistema da CBF passa a registrar todos os contratos e transações, sendo pré-condição para publicação no BID. Isso garante maior fiscalização e permite que atletas e equipes acionem o órgão em caso de descumprimento.
- Salários, encargos e direitos de imagem não poderão ultrapassar 70% das receitas relevantes.
- Em 2028, o limite será de 80% para clubes da Série A e B.
- Em 2029, o teto será de 70% para Série A e 80% para Série B.
- A dívida líquida de curto prazo não poderá ultrapassar 45% das receitas em 2030.
Órgão independente para fiscalização
O Fair Play Financeiro prevê a criação da Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol (Anresf). Essa entidade terá a função de monitorar indicadores, aplicar sanções e negociar acordos de ajustamento de conduta com os clubes. A presença de um órgão independente reforça a credibilidade e a efetividade das medidas.
Impacto esperado na administração dos clubes
Com regras mais rígidas e acompanhamento constante, os clubes brasileiros terão de adotar práticas de gestão mais responsáveis. A medida deve reduzir atrasos salariais, controlar dívidas e evitar gastos acima da capacidade financeira. O resultado esperado é um futebol mais sustentável, competitivo e transparente.





