Nesta quinta-feira, 9, a CBF divulgou os áudios do VAR referentes ao lance do pênalti reclamado pelo São Paulo na derrota para o Palmeiras, no último domingo, 5, pelo Brasileirão. Nos registros, o árbitro Ramon Abatti Abel e o árbitro de vídeo Ilbert Estevam concordam que Allan escorregou antes de atingir Gonzalo Tapia, caracterizando um contato acidental. No diálogo, o árbitro deixa claro sua interpretação do lance:
Árbitro: “Não! Escorregou, escorregou, o jogador escorrega, os dois estão olhando para a bola”
VAR: “Ouvimos, tá, Ramon? Vamos checar agora”
NOTA OFICIAL
O São Paulo Futebol Clube manifesta profunda indignação com a arbitragem de Ramon Abatti Abel e com a atuação do árbitro de vídeo, Ilbert Estevam da Silva, na partida deste domingo (05), contra o Palmeiras, no MorumBIS, pelo Campeonato Brasileiro. Os erros cometidos… pic.twitter.com/jdErS3Pm6y
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) October 5, 2025
Árbitro: “Para mim, ele escorrega, o jogador bate nele e cai”
VAR: “Temos uma bola que está saindo da área, um jogador que escorrega e ele tem um contato com o seu adversário, totalmente acidental e provocado pelo escorregão […] É uma bola que está saindo da área, é totalmente acidente”
VAR: “Ramon, é justamente isso que você narra, ok? Tem claramente um escorregão”
Árbitro: “O jogador escorregou, os dois estão olhando para a bola, é um choque de jogo”
Após o jogo, o lance gerou repercussão e críticas por parte do São Paulo, que considerou a não marcação do pênalti decisiva para o resultado do clássico. Em função disso, a CBF afastou temporariamente o árbitro e o responsável pelo VAR, determinando treinamento e avaliação interna antes do retorno às partidas.
Vale destacar que a divulgação dos áudios do VAR não acontece em todos os lances. Inicialmente, o lance em questão não teve o áudio divulgado, mas a CBF recebeu permissão da Fifa para tornar públicos os registros após a forte pressão feita pela diretoria são-paulina.
“Sempre consultamos a FIFA em questões que fogem à rotina: regras, resoluções, protocolos ou determinações da própria IFAB/FIFA. Nessa consulta argumentamos que apresentar as checagens de grande impacto, mesmo sem ida do árbitro à cabine, reforçaria a integridade de nossas competições. Recebemos a liberação, para fins de instrução e transparência”, explicou Rodrigo Cintra, presidente da Comissão de Arbitragem da entidade