Carlo Ancelotti foi anunciado pela CBF como o novo técnico da Seleção Brasileira. Fabrizio Romano, jornalista especializado em transferências, havia cantado a bola mais cedo, nesta segunda-feira, 12, e a notícia foi confirmada depois pela própria entidade. Assim, o presidente do órgão, Ednaldo Rodrigues, utilizou prontamente o anúncio como espaço para suas aspas não requisitadas, em uma tentativa de limpar a própria imagem.
O mandatário espera que o povo brasileiro se esqueça de que o vínculo levou um mês e meio para ser confirmado, às vésperas da Data Fifa? Que verbas da CBF foram utilizadas para interesses próprios paralelos ao futebol? Que a gigante Amarelinha AINDA não está classificada para 2026? Que veículos de imprensa e jornalistas foram sutilmente repreendidos por tecerem críticas contundentes (e válidas) sobre a organização?
Esta vitória não é de Ednaldo. Afinal, ele mesmo colocou a equipe nacional em uma situação de apuros e descaso, precisando passar por dois surtos coletivos (com todo respeito aos, sim, ótimos, Fernando Diniz e Dorival Jr, mas o preparo e encaixe eram nulos) para se tocar de que uma gigante do futebol global TALVEZ precisasse de mais atenção, ainda mais fora da zona que garante vaga para o próximo Mundial nas Eliminatórias.
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O que esperar de Ancelotti na Seleção?
Dito isso, é válido comemorar a chegada de Carlo Ancelotti. O técnico italiano (e o maior da história para muitos) possui um currículo digno da pentacampeã, uma gestão de elenco eficaz e excelente proximidade com boa parte dos jogadores do time, principalmente as estrelas ofensivas, como Vini e Rodrygo. Entende do perfil brasileiro desde os tempos de Milan e tem tudo para fazer um trabalho promissor.
Que o novo ciclo com o comandante multicampeão traga esperança para o torcedor brasileiro e descole a sujidade da CBF da rica história da Seleção Brasileira. É possível celebrar Ancelotti e ainda se revoltar com Ednaldo. A fé não pode falhar; e o senso crítico também não.
