Neste domingo, 20, o São Paulo conquistou sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro, no clássico contra o Santos. Com o resultado de 2 a 1, diante de mais de 52 mil torcedores no MorumBis, a pressão sobre o técnico Luis Zubeldía foi amenizada. Após a partida, o treinador valorizou não apenas o placar, mas também a entrega da equipe em campo:
“A necessidade de ganhar estava acima de tudo, e era um clássico, com uma atmosfera muito bonita. Fico com o grande primeiro tempo que fizemos e com a grande atitude do segundo, o famoso ‘saber sofrer para poder ganhar’. Em termos gerais, hoje cumprimos com o que tínhamos de fazer: entregar uma vitória, uma partida vibrante aos torcedores”, destacou o treinador na entrevista coletiva.
Zubeldía elogiou especialmente a postura da equipe na primeira etapa, mas reconheceu que o gol sofrido — em pênalti convertido por Tiquinho Soares, após toque de mão de Enzo Díaz — mexeu com o emocional do time:
Ver essa foto no Instagram
“Fizemos um grande primeiro tempo. Lamentavelmente, um pênalti no fim da primeira etapa condicionou nosso mental. Estávamos num momento vindo de vários empates, praticamente nenhuma situação de gol do adversário, e mesmo assim sofremos um gol. É provável que tenha influenciado um pouco no rendimento do segundo tempo.”
Zubeldía valoriza trabalho no São Paulo
O argentino também foi questionado sobre a pressão no cargo. Nos bastidores, o nome de Dorival Júnior chegou a ser especulado como possível substituto. Porém, Zubeldía preferiu focar no trabalho coletivo e nos valores que regem o ambiente do clube:
“É um tema redundante no futebol mundial, não é algo pessoal. O futebol está assim. O que quero falar é: nós, o staff, jogadores, dirigentes, todas as áreas, creio que estamos atravessando uma ética profissional. Estudei jornalismo por três anos, e a matéria que mais me chamava atenção era ética profissional. Consistia em normas, valores, princípios para executar bem. Hoje ganhamos apesar da pressão, da ansiedade do torcedor — que é entendível, futebol é paixão.”
O técnico encerrou valorizando o esforço da equipe e a resposta do grupo mesmo sob pressão:
“Se pudemos fazer esse jogo, é porque há ética profissional em todas as áreas. Na adversidade, trabalhamos juntos. Com erros, possivelmente. Mas nos esforçamos. Hoje é um prêmio a essa ética profissional — dos jogadores, da comissão, da diretoria. Merecíamos uma vitória assim. O que aprendi é que, na adversidade, se vê a ética profissional. Seguimos trabalhando, sem desculpas.”
