A pressão sobre Dorival Júnior atingiu seu ápice nesta terça-feira, 25, após a goleada sofrida pela Seleção Brasileira contra a Argentina. De acordo com informações do portal ‘UOL Esporte’, a diretoria da CBF definiu que o treinador não tem mais clima para seguir no cargo. O anúncio oficial deve acontecer quando a entidade encaminhar o acerto com um novo comandante.
No entanto, quem poderá ser o novo treinador da Seleção Brasileira a cerca de um ano da Copa do Mundo?
1 – Carlo Ancelotti
Novamente, o nome do italiano volta à pauta. Seu contrato com o Real Madrid se encerra em julho de 2023. Porém, fontes indicam que ele não permanecerá no comando da equipe, pois entende que seu ciclo chegou ao fim. Inclusive, já é noticiado que o escolhido para substituí-lo nos Merengues é Xabi Alonso, do Bayer Leverkusen, ex-jogador do clube e responsável por encantar a Europa na última temporada com sua equipe.
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Obviamente, seria um sonho ter um dos treinadores mais vitoriosos da história à frente da seleção mais vencedora do planeta. No entanto, essa é uma negociação complicada e que precisa ser conduzida com muita cautela. Parte dos problemas que o Brasil enfrenta hoje surgiu da expectativa e da longa espera por Ancelotti após a saída de Tite, o que não se concretizou e acabou atrasando a preparação e a montagem da Seleção Brasileira.
2 – Jorge Jesus
O português que encantou o Brasil em 2019 e montou um Al Hilal hegemônico na Arábia Saudita, mesmo enfrentando clubes com estrelas como Cristiano Ronaldo, Benzema e Firmino, nunca escondeu seu desejo de treinar a Seleção Brasileira. Vitor Sérgio Rodrigues, comentarista da ‘TNT Sports’, informou que o treinador estaria disposto a assumir o cargo após a disputa do Super Mundial.
O técnico tem um currículo sólido, um estilo de jogo que agrada aos brasileiros e conhece bem o país, ao contrário de Ancelotti. No entanto, a queda de braço que travou com Neymar nos últimos meses do brasileiro na equipe pode pesar contra ele. Ser desafeto do principal jogador da Seleção é um fator que certamente será considerado pela diretoria.
3 – Filipe Luís
O treinador brasileiro mais bem cotado no momento, Filipe Luís, tem mais títulos do que derrotas em sua curta carreira como técnico. Ele já conquistou a Copa do Brasil, a Supercopa e o Campeonato Carioca, tendo sofrido apenas uma derrota no comando do Rubro-Negro.
No entanto, apesar do início mágico, Filipe Luís tem apenas 26 jogos como treinador profissional e pode não estar pronto para um desafio do tamanho da Seleção Brasileira. Além disso, segundo Mauro Cezar, em seu blog no portal ‘UOL’, o técnico do Flamengo já tomou sua decisão: ele não deixará seu atual cargo para assumir o Brasil.
4 – Abel Ferreira
Um dos treinadores mais vencedores da história do futebol brasileiro, Abel Ferreira conquistou tudo o que era possível em solo nacional. Em seu currículo, estão duas Libertadores, dois Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana, uma Supercopa do Brasil e três Campeonatos Paulistas (podendo conquistar o quarto nesta quinta-feira). Ou seja, experiência e conquistas não lhe faltam para assumir a Seleção.
No entanto, seu estilo de jogo pesa negativamente. Mesmo com tantas taças, não foram raras as ocasiões em que Abel foi questionado por parte da torcida palmeirense pelo time não “jogar bem”. E o futebol bonito sempre foi uma exigência imposta ao treinador da Seleção Brasileira. Basta olhar para Tite: apesar de extremamente vitorioso no comando do Brasil, com apenas sete derrotas em 81 jogos, sempre foi cobrado por seu estilo pragmático.
Assim, Abel pode ter o currículo e a personalidade ideais para assumir o cargo. Porém, o nível de exigência irreal imposto à Seleção pode afastá-lo do posto.
5 – Tite
A terceira Copa do Mundo é a da sorte? O ex-treinador da Seleção volta ao páreo, apesar de ter apenas um trabalho após sua saída do Brasil, no Flamengo, onde foi duramente criticado. No entanto, o fato de nenhum técnico ter se firmado no cargo após sua saída, além dos seus números espetaculares nas Eliminatórias, recolocam seu nome em discussão.
A possível contratação de Tite seria mais um movimento de desespero do que uma escolha baseada em análise aprofundada ou crença em um modelo de jogo. Seria um bote salva-vidas, algo que não é incomum na história da Seleção. Basta lembrar das contratações de Felipão, em 2012, chamado para resgatar o Brasil antes das competições em casa. Ou de Dunga, contratado após o 7 a 1 para tentar reconstruir a equipe. Porém, em ambas as ocasiões, o desfecho da história não foi positivo.