Nesta semana, o Flamengo gerou polêmica pelo seu posicionamento na Libra; ou, no caso, a falta dele. A instituição carioca não assinou o manifesto contra a Conmebol pelo racismo recente respaldado pela entidade continental. Em nota enviada à imprensa, o clube explicou o silêncio no caso.
“O Flamengo luta contra qualquer forma de racismo e discriminação há muito tempo e reafirma seu compromisso no combate estrutural ao racismo no futebol e na sociedade. No entanto, entendemos que as relações institucionais com a Conmebol devam ser conduzidas pela CBF, entidade que representa oficialmente os clubes brasileiros nos torneios sul-americanos.
No Flamengo, o combate ao racismo vai muito além do discurso. Além do manual interno de Combate ao Racismo, finalizamos os ajustes jurídicos para incluir em nosso estatuto uma cláusula antirracismo. O Flamengo tem plena consciência de sua enorme responsabilidade social e busca, todos os dias, ações estruturais que tragam impacto positivo real para o futebol e para a sociedade”.
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O que pensa o presidente do Flamengo?
Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente do clube rubro-negro, esteve no Paraguai, na sede da Conmebol, durante o sorteio da Libertadores e da Sul-Americana. Ele analisou o discurso contraditório de Alejandro Domínguez, presidente da organização continental, já que o mesmo cometeu racismo em fala à imprensa.
“Achei o discurso adequado e ponderado. É sempre importante lembrar que, em que pese o racismo ser algo odioso e que no Brasil é crime, nos outros 10 países da Conmebol não é. Eu entendo o desafio da Conmebol de lidar com 10 governos que não têm a visão que o brasileiro teve. Ele colocou muito bem que é um aspecto cultural. Para nós no Brasil é crime e para eles não”, afirmou Bap.
“Sobre as penalidades, é sempre importante pensar o quanto você deve punir um clube pela atitude de uma ou outra pessoa que faz parte da sociedade e está ali no estádio. É uma situação bastante delicada”.