O clube de futebol Corinthians está envolvido em um novo capítulo de desafios judiciais. A Talents Sports, empresa do renomado agente Paulo Pitombeira, entrou com três processos legais contra o clube. A somatória das ações é de R$ 24,1 milhões, referentes a comissões por intermediação de contratações de atletas e de um técnico, além de direitos de imagem. Esses imbróglios financeiros têm origem nas gestões de Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves.
Apesar da decisão de ir à Justiça, o relacionamento entre Pitombeira e a diretoria atual do Corinthians permanece cordial. Tanto o agente quanto o clube alinharam previamente a busca judicial, indicando uma busca de solução factível para ambos os lados. Este cenário também é familiar aos empresários Giuliano Bertolucci e Will Dantas, envolvidos em disputas semelhantes.

Quais são os detalhes das dívidas reclamadas
As dívidas contraídas pelo Corinthians com a Talents Sports envolvem comissões de intermediação pela contratação de vários profissionais, incluindo a de Fábio Carille em 2018, além de Róger Guedes e Luan, que acumularam uma sacola considerável de débitos. A soma totalizou inicialmente R$ 19,4 milhões, cuja origem está nas negociações não concluídas com o agente. O valor original de várias comissões foi pago parcialmente, elevando a atual dívida devido a multas e juros.
- Fábio Carille: Comissão de R$ 550 mil sobre um valor inicial de R$ 1,6 milhão.
- Luan: Comissão de R$ 4,4 milhões acordada em 2019.
- Róger Guedes: Comissão de R$ 5,52 milhões referente à contratação em 2021.
Como ficam as outras ações judiciais
Além da recente ação de maior valor, existem outros dois processos em andamento. O primeiro, relacionado à contratação de Lucas Veríssimo, envolve um débito de R$ 511 mil por comissionamento. O valor original de R$ 1,01 milhão foi renegociado após a transferência do jogador ao Al-Duhail do Catar antes do término do contrato. Já o segundo processo trata dos direitos de imagem de Luan, onde há cobrança de R$ 4,2 milhões. Dos R$ 3,5 milhões acordados, apenas uma parcela foi quitada, resultando em acréscimos por juros e multas.
Regime centralizado de execuções uma solução viável
Para lidar com suas dificuldades financeiras de longo prazo, o Corinthians busca implementar o Regime Centralizado de Execuções, que ainda aguarda parecer favorável da Justiça. Este mecanismo pretende viabilizar o pagamento das dívidas em prestações ao longo de uma década, e as negociações atuais estão voltadas para a inclusão de Pitombeira nesta resolução conciliatória. Até o momento, o clube mantém sua política de não comentar processos judiciais em andamento, observando os desdobramentos com cautela.





