O presidente do PSG, Nasser Al-Khelaïfi, foi indiciado na França em uma investigação empresarial que não está relacionada à sua gestão no clube, mas sim à sua função como administrador do fundo soberano do Catar, segundo informações da mídia local. No entanto, o processo pode afetar o time francês, levando os catarianos a deixar a administração da equipe em um futuro próximo.
Nasser está envolvido na investigação sobre a compra de votos no conselho de administração do grupo de mídia Lagardère, no qual uma das subsidiárias do fundo catari era acionista. Os juízes suspeitam que Al-Khelaïfi tenha participado da mudança de voto de um dos administradores catarianos no conselho, em meio à disputa pelo controle do grupo em 2018 entre os bilionários Vincent Bolloré, dono do grupo Vivendi, e Bernard Arnault, proprietário do grupo LVMH.
Inicialmente, o representante do Catar votou a favor de Bolloré, que tentava assumir o controle do grupo contra seu proprietário histórico, Arnaud Lagardère. No entanto, após uma reunião deste último com Al-Khelaïfi, o voto foi alterado, segundo os investigadores. Apesar da manobra, Bolloré conseguiu assumir o controle do grupo Lagardère em 2023, após uma intensa batalha acionária.
🔴 ALERTE INFO. Le président du PSG Nasser Al-Khelaïfi a été mis en examen pour complicité d’abus de pouvoir selon une source proche du dossier à l’AFP.https://t.co/xayTN8uqqn pic.twitter.com/34WMQn9eqk
— RMC Sport (@RMCsport) February 13, 2025
Catar ameaça deixar o PSG
De acordo com a ‘RMC’, esse caso pode levar à saída dos investimentos catarianos do Paris Saint-Germain. Fontes próximas ao governo do Catar afirmam estar “cansadas desses abusos”.
“Falsas perseguições, chantagens, críticas diárias, culpar os outros por sua total incompetência. Todos os problemas na França são culpa nossa. Isso é puro abuso, e todos estão fartos”, disseram.