O Campeonato Brasileiro é conhecido por sua competitividade e, ao mesmo tempo, pela instabilidade dos treinadores nos clubes. Na temporada de 2024, a Série A registrou 20 demissões de técnicos, reflexo da pressão por resultados imediatos. Essa realidade reflete uma mentalidade focada no curto prazo, prejudicando o desenvolvimento dos times e do próprio campeonato.
Guardiola, técnico do Manchester City, já destacou a importância da continuidade no trabalho técnico para o sucesso a longo prazo. Para ele, a troca constante de treinadores impede a construção de equipes sólidas e revela falhas nas decisões dos dirigentes.

Por que a rotatividade de técnicos é tão alta?
A busca por resultados imediatos faz com que clubes brasileiros demitam treinadores com frequência, em contraste com outras ligas do mundo. Guardiola aponta que essa prática prejudica não só os técnicos, mas também os jogadores, que precisam se adaptar a novos estilos de jogo constantemente. Além disso, essa instabilidade indica problemas na administração dos clubes, que nem sempre contratam treinadores alinhados com seus projetos.
Quais as consequências financeiras das demissões?
Além do impacto esportivo, a troca constante de técnicos gera custos elevados. O Flamengo, por exemplo, gastou milhões em indenizações nos últimos anos. Em 2023, Vítor Pereira recebeu R$ 15 milhões após sua saída precoce. Outros treinadores, como Domènec Torrent, também custaram caro ao clube, dinheiro que poderia ter sido investido na infraestrutura ou no elenco.
Existe uma solução para a dança das cadeiras?
Para reduzir a alta rotatividade, os clubes precisam melhorar sua gestão. Guardiola sugere que os dirigentes façam uma análise criteriosa antes de contratar um técnico, garantindo que suas ideias e estilo de jogo estejam alinhados ao projeto do clube. O sucesso no futebol, assim como em qualquer outra área, requer tempo e paciência.
Qual é o futuro dos treinadores no Brasil?
Se os clubes mudarem sua mentalidade e investirem em trabalhos de longo prazo, o futebol brasileiro pode se tornar mais competitivo e sustentável. Além de melhorar o desempenho das equipes no cenário internacional, essa mudança ajudaria a desenvolver novos talentos, tanto entre jogadores quanto entre treinadores, fortalecendo o esporte no país.