Este domingo, 29, marca os dois anos da morte de Pelé, o Rei do Futebol. Em 2022, o ícone tratava um câncer de cólon, identificado em setembro do ano anterior. Seu falecimento aos 82 anos deixou o universo dos esportes de luto, com a missão de manter o seu legado e conquistas vivos na memória.
A trajetória de Pelé no futebol é, no mínimo, curiosa. O craque chegou a pausar as atividades na sua carreira, em 1974, se aposentando de clubes brasileiros. No ano mencionado, o Rei convocou uma auditoria para entender sua situação financeira. Surpreendentemente, o cenário apresentava dificuldades.
Sem dinheiro
Devido a uma série de maus negócios, incluindo a administração da Fiolax (uma fabricante de peças de borracha, da qual Pelé era sócio), seu patrimônio estava no vermelho. “Eu devia milhões, estava determinado a pagar minhas dívidas e eu sabia que jogar futebol era de longe a melhor coisas que eu podia fazer”, afirmou o ícone sobre o episódio.
Ver essa foto no Instagram
Assim, Pelé deixou a sua semi-aposentadoria para defender o New York Cosmos, dois anos depois. Em seu livro, “Pelé: a importância do futebol”, o Rei afirma que o acordo previa 1 milhão de dólares por sete anos. Segundo o New York Times, no entanto, o ídolo do Santos e da Seleção Brasileira embolsou 5 milhões de dólares em três anos.
Impacto cultural de Pelé nos EUA
Além disso, Pelé foi creditado como responsável por aumentar a popularidade e o interesse dos Estados Unidos pelo futebol durante a sua passagem pelo clube nova-iorquino. O jogador encerrou a sua carreira oficialmente com um duelo entre o New York Cosmos e o Santos, no país norte-americano.
Vale destacar que Pelé tem um título com a sua última equipe: o de 1977, da extinta North American Soccer League. À época, a organização também contemplava times do Canadá. Hoje, o domínio do futebol nos Estados Unidos é marcado pela Major League of Soccer (MLS), com apenas três equipes canadenses (desde 2023).