Após a saída de Renato Gaúcho como treinador do Grêmio, Felipão, ex-técnico da Seleção Brasileira, negou qualquer contato do clube para assumir o papel à frente da equipe. “Não tive contato com ninguém”, disse Scolari, de 76 anos, durante entrevista coletiva na premiação Bola de Prata. Felipão ainda esclareceu que irá a Portugal em janeiro para passar uma temporada com a família, e deixou seu futuro no futebol em aberto. “Eu volto, e aí vamos ver o que vai acontecer. Não tenho um plano definido ainda”.
O técnico elogiou a passagem de Renato pelo Grêmio, tanto como jogador quanto como treinador. “Entendi que esse era o momento certo, tanto para o Renato quanto para o Grêmio”, comentou sobre a demissão.
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Renato Gaúcho encerra quarta passagem pelo Grêmio
Renato Portaluppi não permanecerá no clube após uma reunião com o presidente Alberto Guerra. O encontro ocorreu na manhã desta segunda-feira, 09, em um hotel em Porto Alegre, onde Renato reside. A saída do técnico se dá após a conclusão da temporada do Campeonato Brasileiro, em um momento de reflexão frente aos desafios enfrentados.
Em um breve depoimento, Renato afirmou que a decisão de deixar o Grêmio foi pessoal e já havia sido comunicada ao presidente no último domingo, após a partida contra o Corinthians. Dessa forma, o técnico destacou sua dedicação e sinceridade para com o clube, afirmando que estava em paz com sua escolha e que era hora de dar uma pausa para sua saúde mental, após um período intenso à frente da equipe gremista.
História de Felipão no Grêmio
Dentre suas presenças em diversos clubes do Brasil, Felipão tem uma forte história com o Tricolor gaúcho. Sua trajetória começou em 1987, quando assumiu a equipe aos 38 anos, para a disputa do segundo turno do Campeonato Gaúcho. O objetivo inicial foi cumprido com a conquista do título estadual, mas no Campeonato Brasileiro, o time não passou da primeira fase, o que culminou em sua saída ao final da competição.
A segunda passagem de Felipão pelo Grêmio, iniciada em 1993, representou o auge de sua carreira no clube. Após conquistar a Copa do Brasil de 1991 pelo Criciúma, vencendo justamente o Tricolor na final, Scolari foi contratado pela diretoria gremista, comandada por Fábio Koff. Essa parceria deu início a uma fase de ouro, com a conquista de sete títulos, incluindo a Copa do Brasil de 1994, a Libertadores de 1995 e o Campeonato Brasileiro de 1996.
Após o traumático 7 a 1 sofrido pela Seleção Brasileira na semifinal da Copa do Mundo de 2014, Felipão recebeu um novo convite para voltar ao Grêmio, novamente por intermédio de Fábio Koff. Ele substituiu Enderson Moreira no comando do time, mas enfrentou dificuldades em sua terceira passagem pelo clube.
Além dos troféus, ele também é o segundo treinador com mais jogos pelo Grêmio, com 385 partidas, superando Oswaldo Rolla e ficando atrás apenas do próprio Renato Gaúcho, que comandou o time em 542 jogos.
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