Neste domingo, os 20 times do Brasileirão entraram em campo pela última rodada da edição de 2024. Enquanto o Botafogo sagrou-se campeão com uma vitória sobre o São Paulo, a briga para escapar da última vaga do Z-4 era intensa entre Atlético-MG, Fluminense, Athletico-PR e RB Bragantino.
Quem começou cumprindo sua missão foi o Braga, que logo abriu 2 a 0 sobre o já rebaixado Criciúma. Posteriormente, o Flu surpreendeu e abriu o placar contra o Palmeiras. Restou o duelo direto entre Galo e Furacão. Os mandantes fizeram a lição de casa, com gol de Rubens, e acabaram rebaixando o Athletico para a Série B de 2025. Confira os quatro times rebaixados:
- Athletico-PR: 17º com 43 pontos
- Criciúma: 18º com 38 pontos
- Atlético-GO: 19º com 30 pontos
- Cuiabá: 20º com 30 pontos
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Athletico: falta de constância e fraqueza em casa
Com quatro técnicos durante a temporada, o Furacão nunca conseguiu engrenar e, após conquistar quatro vitórias seguidas em casa no início da competição, o clube conseguiu fazer a pior campanha na Baixada na era dos pontos corridos. Depois, nove jogos sem vencer em casa, com seis derrotas e três empates no período.
Nesta reta final de Campeonato Brasileiro, quando fez um pacto com a torcida para conseguir melhores resultados em casa, o Athletico disputou mais seis partidas, aonde teve três vitórias, um empate e duas derrotas. O Furacão entrou em campo precisando de uma simples vitória contra o Galo, mas a inofensividade do elenco de 2024 evidenciou-se. Aliás, o Athletico terminou como o quarto pior ataque, na frente de Cuiabá (rebaixado), Atlético-GO (rebaixado) e Fluminense.
Atlético-GO: o primeiro rebaixado
o Atlético-GO foi o primeiro clube do Brasileirão 2024 matematicamente rebaixado. O Dragão ocupou a lanterna por boa parte da competição e só foi à 19ª colocação na 37ª rodada, após vencer o Fortaleza por 3 a 1. Porém, o clube goiano somou apenas 30 pontos em 38 jogos, somando sete vitórias, nove empates e 21 derrotas.
A equipe goiana ficou com o segundo pior ataque do campeonato, com 29 gols marcados, e a segunda defesa mais vazada, superada apenas pelo Juventude. Esses números explicam a dificuldade do time em competir e superar o fantasma do rebaixamento.
Cuiabá amarga primeiro rebaixamento na história
O Cuiabá, clube mais jovem da Série A, sofreu o primeiro rebaixamento em seus 23 anos de existência. Desde sua fundação, o Dourado jamais enfrentou uma queda, seja em competições estaduais ou nacionais.
A trajetória do clube mato-grossense nas divisões nacionais foi marcada por ascensões notáveis. O time saiu da Série D para alcançar a elite do futebol brasileiro em 2021, após terminar em quarto lugar na Série B de 2020, uma edição prolongada pela pandemia de Covid-19. Desde então, tem se mantido na Série A, onde disputa sua quarta temporada consecutiva.
O Dourado terminou na última posição na tabela, com os mesmos 30 pontos do Atlético-GO, porém com uma vitória a menos.
Returno condenou o Criciúma
O Criciúma teve momentos promissores no primeiro turno, com o atacante Yannick Bolasie se destacando como a principal figura da equipe. No entanto, o returno foi marcado por um desempenho ruim. O Tigre venceu apenas cinco jogos no Heriberto Hülse e somou apenas quatro vitórias fora de casa.
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A crise culminou na renúncia do presidente Vilmar Guedes, que deixou o cargo em meio a críticas e à pressão por melhores resultados. O rebaixamento do clube foi decretado na penúltima rodada do campeonato, onde as vitórias de Fluminense e RB Bragantino impossibilitaram o Tigre de sair do Z-4.
A temporada de 2024 foi turbulenta no comando técnico do Criciúma, com a equipe sendo dirigida por quatro treinadores diferentes: Jair Ventura, Vagner Mancini, Umberto Louzer e Anderson Gomes. Nenhum deles conseguiu encontrar uma solução para livrar o time da zona de rebaixamento, o que resultou na queda.