A base do Palmeiras segue como referência no futebol brasileiro, combinando títulos nas categorias de base, vendas milionárias e uma estrutura moderna que impulsiona jovens talentos. Apesar de críticas pontuais sobre a demora de Abel Ferreira em lançar jovens promessas, como Endrick, Estêvão e Luis Guilherme, os números evidenciam o comprometimento do técnico português com as “Crias da Academia”.
Abel Ferreira e a confiança na base
Desde sua chegada, Abel Ferreira promoveu 26 jogadores da base ao elenco principal. Nomes como Vitor Reis, Estêvão e Lázaro se destacam entre os oito atletas que permanecem no grupo atual. Além disso, a integração de jovens gerou um impacto financeiro expressivo. “O trabalho da base é muito bom. É preciso coragem para apostar nos garotos, mas também há pressão por resultados. Se não ganho, sou chamado de ‘professor pardal'”, destacou Abel.
Atletas promovidos na era Abel, como Endrick e Luis Guilherme, já movimentaram mais de R$ 900 milhões em negociações internacionais. Só Estêvão, que será transferido ao Chelsea após o Mundial de Clubes de 2025, pode render até R$ 373 milhões.
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O sucesso da base em números
A base alviverde tem sido responsável por revelar talentos que hoje brilham no futebol mundial. Confira algumas das principais negociações:
- Luis Guilherme: Vendido ao West Ham por até €30 milhões (R$ 182 milhões).
- Endrick: Negociado com o Real Madrid por €35 milhões fixos (R$ 212 milhões), podendo chegar a €60 milhões com variáveis.
- Estêvão: Transferência ao Chelsea por €61,5 milhões (R$ 373 milhões), incluindo metas.
- Giovani: Vendido ao Al Sadd por €9 milhões (R$ 54 milhões).
Além das vendas diretas, o Palmeiras mantém uma estratégia de liberar atletas com percentuais dos direitos econômicos. Exemplo disso foi Breno, negociado pelo América-MG ao Shabab Al Ahli, gerando R$ 6 milhões ao clube paulista.
Estrutura de ponta para formação de talentos
O Palmeiras inaugurou recentemente melhorias no centro de treinamento da base, em Guarulhos. O complexo conta com cinco campos, incluindo um de grama sintética nos moldes do Allianz Parque e um “terrão”, projetado para incentivar a criatividade dos jogadores. “No terrão, os meninos têm liberdade para brincar, improvisar e desenvolver autonomia”, explicou João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base, à ESPN.
Além da parte técnica, o clube oferece suporte educacional, psicológico e de saúde mental para cerca de 300 garotos. “A pressão de estar longe da família é grande, mas trabalhamos para ajudá-los na adaptação e na formação como pessoas, mesmo fora do futebol”, afirmou Manuela da Silva, psicóloga da base.
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