A história do Atlético Mineiro registrou uma mudança significativa em sua estrutura administrativa quando se transformou em Sociedade Anônima de Futebol (SAF), há aproximadamente um ano. Desde então, o clube tem enfrentado mudanças de gestão, redução da dívida e desafios para o futuro. A decisão de adotar esse novo modelo de administração foi confirmada pelo Conselho Deliberativo em julho de 2023, mas efetivamente entrou em vigor em novembro do mesmo ano.
No novo formato, o Atlético passou a ser comandado pelos principais sócios da SAF, incluindo Rafael Menin e Rubens Menin, que juntos detêm uma participação considerável na Galo Holding. A transformação também envolveu figuras como Ricardo Guimarães e Renato Salvador. Este grupo passou a comandar as decisões estratégicas do clube, buscando otimizar não apenas a gestão, mas suas finanças.
Quem são os principais investidores da SAF do Atlético?
Durante este período de transição, várias personalidades emergiram como peças-chave na estrutura da gestão do clube, além de Menin e Salvador. Entre os envolvidos estão Gustavo Drummond, da 2R Holding; Daniel Vorcaro, do FIP Galo Forte; e Marcelo Patrus, do Fundo de Investimentos do Galo (FIGA). Essas figuras, juntamente com a associação e lideranças do futebol, formam o núcleo decisório da SAF.
Uma mudança significativa foi o aumento da participação de Daniel Vorcaro, que aumentou sua participação na sociedade, passando de 8,2% para 20,2%. Essa movimentação reflete o interesse crescente de investidores no fortalecimento financeiro e estrutural do clube.
Qual o impacto da SAF do Atlético nas dívidas do clube?
Apesar da dívida herdada e dos aportes financeiros anteriores à transformação em SAF, o Atlético conseguiu reduzir de forma significativa suas obrigações financeiras. A dívida passou a ser de R$ 1,3 bilhão, aliviando cerca de R$ 750 milhões em comparação com o ano prévio à transformação. Esse processo foi impulsionado por investimentos estratégicos, que visam reduzir o passivo por meio da SAF e da otimização de recursos.
Os recursos gerados pela SAF têm sido direcionados para áreas estratégicas, como a Cidade do Galo e as categorias de base, evidenciando uma abordagem financeira direcionada e organizada.
Quais foram as movimentações do Atlético no mercado de transferências com a SAF?
O Atlético operou de maneira ativa no mercado, investindo substancialmente em jogadores para reforçar seu elenco. As aquisições recentes incluem peças importantes como os zagueiros Lyanco e Junior Alonso, e o meio-campista Gustavo Scarpa. A equipe também garantiu a permanência de outros jogadores em um esforço para conquistar títulos e melhorar sua posição em competições.
Esses investimentos foram equilibrados por vendas estratégicas, que ajudaram a estabilizar o fluxo de caixa do clube. Críticas iniciais sobre a necessidade de um elenco mais robusto foram gradualmente respondidas com as movimentações na janela de transferências.
Quais são os próximos passos e desafios da SAF?
O clube segue com desafios significativos à frente, incluindo a missão de continuar diminuindo sua dívida e melhorar aspectos técnicos da nova arena, a MRV, como gramado e acústica. Além disso, a administração busca formas de potencializar ganhos financeiros oriundos da exploração comercial da arena.
Com o planejamento estratégico focado em melhorias continuadas e investimentos sensatos, o Atlético busca se consolidar tanto dentro quanto fora de campo, almejando sempre correr atrás de novos títulos e reconhecimento a longo prazo.