O clima de rivalidade entre torcidas organizadas no futebol brasileiro ganhou mais um capítulo trágico em Mairiporã, São Paulo, quando membros da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, atacaram a Máfia Azul, do Cruzeiro. O incidente ocorreu no domingo (27), enquanto os torcedores cruzeirenses retornavam de Curitiba após partida contra o Athletico-PR. O ataque resultou em violência e deixou marcas profundas na comunidade esportiva.
Em resposta às cenas de agressão na rodovia Fernão Dias, o Palmeiras se manifestou publicamente, condenando fortemente o ocorrido. Este comunicado expressou um pedido enfático por justiça e punição para os envolvidos. “A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia as cenas de violência protagonizadas na Rodovia Fernão Dias, na manhã deste domingo. O futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor”, afirmou o clube em nota oficial.
Consequências trágicas do ataque
O conflito resultou na morte de José Victor dos Santos Miranda, um torcedor de 30 anos da Máfia Azul de Sete Lagoas. Infelizmente, ele não sobreviveu ao ataque e morreu carbonizado. Além disso, outros nove torcedores cruzeirenses ficaram gravemente feridos, aumentando ainda mais a gravidade da situação. O caso despertou indignação e a necessidade premente de medidas severas para coibir a violência em eventos esportivos.
Qual é a relação atual do Palmeiras com a Mancha Alviverde?
Atualmente, a relação entre o Palmeiras e a torcida organizada Mancha Alviverde está quebrada. Este rompimento ocorreu no início da gestão de Leila Pereira como presidente do clube. Desde então, a organizada tem se posicionado de forma crítica, realizando protestos frequentes contra a administração de Pereira. Em um dos casos mais destacados, a Justiça de São Paulo emitiu uma medida protetiva para Leila Pereira após ameaças graves feitas durante uma transmissão ao vivo.
Medidas legais e restrições impostas a Mancha Verde
Devido às ameaças, o juiz Fabrício Reali Zia determinou restrições significativas aos líderes da Mancha Alviverde, incluindo Jorge Luis Sampaio Santos e os vice-presidentes Thiago Melo (conhecido como “Pato Roko”) e Felipe de Mattos (“Fezinho”). Eles estão proibidos de manter qualquer contato, seja pessoal ou virtual, com Leila Pereira e devem manter uma distância mínima de 300 metros da presidente do Palmeiras. Esta decisão judicial exemplifica a gravidade das ameaças e a resposta legal para proteger a integridade da mandatária.
Esses episódios ressaltam a urgente necessidade de regulamentação e controle mais eficazes das torcidas organizadas no futebol, visando a segurança e a integridade de todos os envolvidos. Ao mesmo tempo, destacam a importância de ações judiciais para garantir a proteção daqueles que estão sob ameaça. A violência no futebol não apenas prejudica a imagem do esporte, mas também ameaça vidas. Portanto, é crucial que medidas sejam tomadas para impedir que tais tragédias se repitam.