As principais ligas de futebol da Europa, junto com a FifPro, sindicato internacional de jogadores, apresentaram uma queixa formal à Comissão Europeia contra a Fifa. O anúncio foi feito na última segunda-feira, 14, em uma coletiva de imprensa, na qual representantes das entidades explicaram os motivos da ação.
Razões da Queixa
A criação do novo Mundial de Clubes, programado para o próximo ano, está entre os principais motivos da queixa. A ampliação da fase de grupos da Champions League e o formato da Liga das Nações também geraram insatisfação. Apesar das críticas a essas mudanças, a Uefa não foi incluída na denúncia, pois as ligas envolvidas mantêm uma relação mais aberta com a confederação europeia.
Acusações de Excesso de Poder
As entidades afirmam que as “decisões impostas no calendário internacional” pela Fifa configuram um abuso de poder, contrariando as leis da União Europeia. David Terrier, presidente da FifPro Europa, afirmou que a denúncia busca discutir o aumento das receitas das competições expandidas, sem considerar as condições dos jogadores.
Consequências para a Saúde dos Jogadores
A queixa alerta para problemas de fadiga, lesões e desgaste mental enfrentados pelos jogadores devido às mudanças nos calendários. A European Leagues, representando 39 ligas profissionais em 33 países, lidera a ação. A LaLiga, apesar de não ser membro, também apoia a denúncia. Richard Masters, CEO da Premier League, descreveu a situação como preocupante, destacando que a expansão das competições internacionais aumentou os desafios dos jogadores.
Voz dos Jogadores
A FifPro destacou sua posição através de entrevistas com atletas, divulgadas nas redes sociais, nas quais os jogadores expressam preocupações sobre o volume de jogos. A organização enfatizou que “as vozes dos jogadores não serão ignoradas”. O objetivo é pressionar a Fifa a implementar um processo mais inclusivo na definição do calendário internacional, levando em conta não somente as seleções, mas também os impactos nas competições nacionais.





