A Fifa está pronta para realizar uma mudança relevante em suas regras de transferências após derrota na justiça pelo caso de Lassana Diarra. A entidade confirmou que seu atual regimento fere as leis da União Europeia e garantiu que irá realizar mudanças para que se enquadrem neste contexto em um futuro próximo.
Toda a questão começou em 2014, quando Diarra rescindiu com o Lokomotiv Moscou, e o Tribunal Arbitral do Esporte o condenou a pagar os 10,5 milhões de euros de multa rescisória ao clube. Qualquer acerto com um novo time obrigaria o mesmo a pagar o valor, o que o fez ficar sem clube até 2015, quando assinou com o Olympique de Marselha.
FIFA will meet to key stakeholders to propose ideas on changing transfer regulations to comply with EU law following The European Court of Justice ruling that parts of the current regulations are unlawful after a legal challenge by Lassana Diarra. ⬇ pic.twitter.com/r8Al60kyyQ
— Sky Sports News (@SkySportsNews) October 14, 2024
“A deliberação no caso de Lass Diarra obriga à revisão de vários elementos do documento, a fim de alinhar o Regulamento sobre o Estatuto e a Transferência de Jogadores com a Lei europeia. (…) Entendemos esta situação como a oportunidade de continuarmos a modernizar os regulamentos“, falou Emilio García Silvero, diretor jurídico da entidade.
Atualmente, as regras obrigam o próximo clube a pagar o anterior, de forma parecida com que o Corinthians passou com Jô há alguns anos, quando o atacante deixou o futebol japonês. A decisão tomada no último dia 4 de outubro considerou que o atual regulamento impede a livre circulação de jogadores profissionais num novo clube dentro dos limites da UE.
De forma geral, a decisão deve impactar no menor poder dos clubes sobre os jogadores quando decidirem deixar seu atual contrato, assim como seus representantes. Há o receio que jogadores passem a ignorar seus vínculos, já que também existe uma falta de sanções para casos parecidos. Enquanto isso, o sindicato de jogadores da Fifa (FIFPro) elogiou a decisão da corte.