A Justiça de São Paulo condenou o Corinthians a pagar R$ 33,4 milhões ao empresário Carlos Leite, referentes a comissões por contratações e renovações contratuais de jogadores. A sentença foi emitida pelo juiz Douglas Iecco Ravacci, da 33ª Vara Cível, na última sexta-feira e publicada nesta quarta-feira (9) no Diário de Justiça. O clube ainda pode recorrer da decisão.
Além do montante devido ao empresário, o Corinthians também terá que arcar com cerca de R$ 3,4 milhões em honorários advocatícios, além de juros sobre o valor principal.
As dívidas com Carlos Leite envolvem diversas negociações intermediadas por ele ao longo dos últimos anos, como as renovações de contrato dos jogadores Cássio e Fagner, além da contratação de atletas como Camacho, Mateus Vital, Jonathas, Matheus Matias, Gil e Renato Augusto. As pendências financeiras se acumularam durante as gestões dos ex-presidentes Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves.
Entre os acordos citados na sentença estão as renovações contratuais de Cássio em 2018, 2019 e 2022, e de Fagner nos mesmos anos. Carlos Leite também intermediou as contratações de outros jogadores, como Jonathas e Renato Augusto, em 2018 e 2021, respectivamente.
⚫️⚪️ | A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 28 milhões das contas bancárias do Corinthians devido a uma dívida com o empresário Carlos Leite, representante de Fagner e Cássio. A dívida se refere a compromissos assumidos durante os processos de renovação dos… pic.twitter.com/rVR0Qkh4Wc
— SCCP News (@_sccpnews) October 9, 2024
No ano passado, o clube chegou a repactuar a dívida, mas o acordo foi descumprido após a posse do atual presidente, Augusto Melo, no início deste ano. Em resposta, Carlos Leite entrou com a ação judicial no fim de janeiro.
Além deste processo, o empresário move outras duas ações contra o Corinthians, com cobranças que ultrapassam os R$ 62,5 milhões. Em um dos processos, a Justiça já determinou a penhora de mais de R$ 29 milhões das contas do clube.