Na última quarta-feira (4), foi realizada uma coletiva de imprensa para a Terceira Cúpula de Integridade Esportiva em São Paulo, no Museu do Futebol. Martin Lycka, vice-presidente sênior da Entain (empresa internacional de apostas esportivas e jogos de azar, dona de plataformas como bwin, Coral, Ladbrokes, PartyPoker e Sportingbet), conversou com exclusividade com o SportBuzz sobre a regulamentação das apostas no Brasil.
De acordo com uma pesquisa feita pela Datahub, 26 empresas de apostas operavam no Brasil no ano de 2021. Até abril de 2024, esse número cresceu em mais de 700%, ou seja, 217 empresas do segmento atuando no país. Com a regulamentação do setor, a tendência é que esse número seja reduzido. “O mercado de apostas já existe há muito tempo, a Entain e todas as casas de apostas ficamos agradecidos ao governo brasileiro de ter tomado a decisão de regular o mercado. Isso vai ajudar com assuntos que temos visto na imprensa como a integridade esportiva e o jogo responsável”, respondeu Martin Lycka.
Nos último anos, dezenas de jogadores de futebol, influencers, dirigentes e empresas de apostas se tornaram alvos de investigações por suspeitas de manipulação de resultados e aliciamento, por exemplo. Jogadores com Lucas Paquetá, Eduardo Bauermann e Alef Manga são alguns atletas suspeitos de irem contra a integridade esportiva. Nesta semana, influencer Deolane Bezerra foi presa suspeita de usar casa de apostas para lavar dinheiro.
Quaisquer tipos de regulações são importantes tanto no Brasil como no mundo inteiro. Esse tipo de coisa fornece um patamar de seguridade e certezas, juridicamente falando muito maiores em relação ao mercado irregular. Na Europa, a maioria dos países regulamentaram esse tipo de serviço (jogos e apostas), assim como Colômbia, Peru e algumas províncias na Argentina, disse Martin, responsável pelas regulações em todas as Américas.
A partir de 2025, somente casas de apostas regulamentadas poderão permanecer atuando no território brasileiro. Caso contrário, a exploração de apostas de quota fixa sem autorização sujeita a pessoa jurídica a penalidades, de acordo com a legislação.