Aos 39 minutos do segundo tempo, o São Paulo conduzia uma vitória tranquila diante do Nacional, pelo placar de 2 a 0, mas o jogo acabou simbolicamente antes do apito final. Após alguns passos desequilibrados, Juan Izquierdo desabou no gramado do Morumbis e, rapidamente, o serviço de socorro foi chamado pelo árbitro da partida.
Os jogadores de Nacional e São Paulo demonstraram uma preocupação visível dentro de campo. Para preservar Izquierdo, os atletas, entre rivais e companheiros do zagueiro uruguaio, formaram uma espécie de barreira humana, todos acompanhando o atendimento médico da equipe especializada da Conmebol.
André Pedrinelli, médico de campo da Conmebol que estava trabalhando neste jogo, deu detalhes de como o caso foi complexo. “No momento da queda do Izquierdo, um jogador do São Paulo recebia atendimento na lateral, e a imagem que recebemos no tablet no momento, não focou o momento exato da sua queda”, disse em entrevista ao ‘GE’.
“No dia do jogo havia cinco médicos no campo. Além do pessoal do Nacional, havia o colega médico do São Paulo e o emergencista da ambulância. O responsável pelo primeiro atendimento é sempre o corpo médico do clube, no caso do Juan, o Nacional. Mesmo com tantos profissionais, as decisões não são fáceis, comunicação rápida e contínua, treinamento constante e coordenação, são fundamentais nestes casos”, detalhou Pedrinelli.

Segundo o médico, tudo que foi realizado no Morumbis seguiu os processos protocolares pré-estabelecidos pela Conmebol. André Pedrinelli revelou que antes de todos os jogos são realizados treinamentos para emergências como essa, e tudo correu da forma que tinha sido planejada.