A b-girl Nathana Vieira Venâncio, conhecida como Nathana no cenário do breaking, manifestou apoio à australiana Rachael Gunn, a Raygun, que virou alvo de memes por causa de seus movimentos inovadores nos Jogos Olímpicos de Paris. Em entrevista ao ge, Nathana saiu em defesa de Raygun, enfatizando que ela apenas representou seu estilo.
Nascida em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Nathana ocupa a 55ª posição no ranking da Federação Internacional de Dança Esportiva (WDSF na sigla em inglês). Em 2023, Nathana representou o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, porém, foi eliminada na fase de grupos e não conseguiu a sonhada vaga olímpica.
Por que Raygun recebeu tantas críticas?
Durante a Olimpíada de Paris, Raygun chamou atenção do mundo todo ao perder todas as batalhas. O canadense Phil Wizard e a japonesa Ami levaram as medalhas de ouro, mas Raygun foi a figura mais discutida, sendo criticada por muitos. Nathana, no entanto, destacou que Raygun mereceu estar lá e que esses ataques prejudicam o desenvolvimento do esporte.
Nathana afirmou ao ge que Raygun trouxe um estilo único e autêntico, e os comentários negativos apenas dificultam o crescimento do breaking. “Ela defendeu suas bases de forma criativa. A batalha de breaking é isso: estilos diferentes competindo, e vence quem se destaca naquele momento”, disse a brasileira.
Rachael Gunn. Full performance. #Paris2024 pic.twitter.com/9UMJvI9AU0
— Avalanche (@Avalanche_Me) August 11, 2024
Para Nathana, o breaking nas Olimpíadas é crucial para que as pessoas finalmente vejam a modalidade como um esporte legítimo e um movimento cultural transformador. A inclusão do breaking ajudou a mudar a percepção, até então marginalizada, sobre a dança de rua.
“Foi crucial para que o público e as autoridades vejam o breaking não mais como algo marginal, mas como uma profissão. O breaking tem um impacto transformador na vida das pessoas e faz parte de uma cultura rica e diversificada”, afirmou Nathana.
Apesar de o breaking não fazer parte do programa olímpico em Los Angeles 2028, Nathana continua focada em sua carreira e espera pela possível reinclusão do breaking na Olimpíada de Brisbane, na Austrália, em 2032.
“Planejo competir em alto nível por muitos anos ainda. O breaking seguirá como esporte, mesmo fora de Los Angeles. Muitos eventos esportivos e culturais continuarão acontecendo”, disse Nathana.