A situação do Rio Grande do Sul afetou diretamente os jogadores do futebol brasileiro, que estão promovendo o auxílio possível às vítimas das enchentes. Seja com doações ou atuando na linha de frente, alguns atletas do esporte mais popular do mundo se mobilizaram, mas a causa tomou proporções internacionais, com direito a ajuda de jogador da seleção nigeriana.
William Paul Troost-Ekong, capitão da Nigéria, é muito engajado nas pautas ambientais e falou sobre a importância de grandes nomes falarem sobre o assunto. “Não me considero uma superestrela. Tenho uma audiência pequena. Sou um privilegiado por jogar pela minha seleção. Mas adoraria um Mbappé, Neymar, Haaland ou outro jogador mundial falando mais sobre esse tópico”, disse em entrevista ao ‘GE’.
Ekong falou sobre a percepção dos atletas que estão longe de situações como essa, que é algo que precisa mudar. “Às vezes não somos tão afetados por jogarmos na Europa, onde as maiores estrelas estão. Mas quando você vê o que acontece no país natal desses atletas, como Brasil, África, e agora cada vez mais em todos os lugares… É algo que vai afetar todos nós”, afirmou.
Troost-Ekong tem 30 anos e atualmente defende o PAOK, da Grécia. Na última Copa Africana de Nações, o zagueiro foi eleito o melhor jogador da competição, ajudando a seleção nigeriana na campanha de vice-campeã, perdendo apenas para a Costa do Marfim na grande decisão.
O nigeriano ficou sabendo da tragédia em contato com brasileiros que trabalham no clube grego, como o ex-Internacional Taison. “Quero dizer que estou pensando em todos no Brasil, estou tentando fazer o melhor para ajudar. Acho que é um sinal, talvez uma lição dessa situação terrível, de que devemos pensar mais sobre o futuro. Não queremos que isso aconteça de novo”, complementou.