A temporada de 2023/24 do futebol internacional viu uma grande onda de jogadores se atraírem por cifras enormes para poder atuar no futebol do Oriente Médio, principalmente na Arábia Saudita. Porém, a migração desenfreada de estrangeiros gerou um impacto muito negativo na própria seleção saudita. Para a Copa da Ásia, que começa já nesta sexta-feira, 12, o time comandado pelo treinador italiano Roberto Mancini chama a atenção por ter cerca da metade de seus atletas com poucos minutos de jogo em seus respectivos clubes.
O goleiro titular da Arábia Saudita na Copa do Mundo de 2022, Mohammed Al-Owais, de 32 anos de idade, vinha mantendo seu posto com Mancini mesmo desde que virou reserva do marroquino Bono no Al Hilal. O arqueiro jogou somente quatro vezes na temporada atual e só não foi para a disputa da copa asiática pois está lesionado. Titular absoluto no Al Nassr, Nawaf Al-Aqidi, de 23 anos de idade, deve assumir a meta na competição. Porém, as outras opções são pouco utilizadas, como Raghed Al-Najjar, reserva do atual titular, jogou somente três vezes, ou Ahmed Al-Kassr, que entrou por seis vezes pelo Al Fayha.
FIM DE JOGO! 🇸🇦🇸🇦
Arábia Saudita fecha o ciclo de amistosos com uma vitória sobre da seleção de Hong Kong. Ghareeb, de pênalti, e Al Sqoor marcaram.
Mancini encerra o período de testes com 2 vitórias e 1 empate
A estreia na Copa da Ásia será no dia 16/01, contra Omã 🇴🇲 pic.twitter.com/AodBJUkDQu
— Central do Arabão (@centraldoarabao) January 10, 2024
Porém, o exemplo mais alarmante é o de Abdulellah Al-Malki. O volante de 29 anos de idade ficou nove meses longe por conta de uma lesão grave no joelho e voltou no começo de outubro do ano passado. Desde então, participou de sete jogos pelo Al Hilal, com uma média de quatro minutos por partida. Convocado para defender a seleção desde 2019, com status de titular, perdeu espaço no time de Jorge Jesus com a chegada de Rúben Neves e Milinkovic-Savic.