Antes do confronto Inglaterra x Irã na Copa do Mundo, que culminou no placar de 6 a 2 para os europeus, os atletas do país asiático estabeleceram um protesto ao permanecerem em silêncio durante a execução de seu hino nacional. O movimento desta segunda-feira, 21, teria representado apoio aos manifestantes que repudiam o atual governo e sua repressão.
A nação do Oriente Médio vive o seu maior número de rebeliões, principalmente após a morte da jovem de 22 anos Mahsa Amini, que foi assassinada após ser detida pela denominada polícia dos “bons costumes”. A motivação foi o uso inadequado do véu islâmico de acordo com os preceitos da religião, cuja adesão no Irã é obrigatória.
Além disso, algumas das iranianas presentes no estádio Khalifa, em Doha, declararam ao portal “GE” que estavam torcendo contra a própria seleção como forma de protesto; vale destacar que não é permitida a entrada de mulheres em estádios de futebol no Irã. “Não sabemos que efeito uma derrota hoje ou nos próximos jogos pode ter, mas é muito difícil torcer para o país”, revelou uma delas.
MAIS MANIFESTAÇÕES
A Inglaterra estreou na Copa do Mundo nesta segunda-feira, 21, no Estádio Internacional Khalifa, contra o Irã. Seguindo práticas recentes e comuns do futebol inglês, a seleção se ajoelhou antes do apito inicial, como forma de protesto contra o racismo. O atacante e capitão Harry Kane usaria uma braçadeira com as cores do arco-íris, em apoio ao movimento LGBTQIA+, mas a ação foi vetada pela Fifa.
A decisão já havia sido anunciada pelo técnico Gareth Southgate, em coletiva de imprensa no último domingo, 20. “Discutimos sobre ajoelhar, e chegamos à conclusão que devemos fazer isso. É o que acreditamos como time, e temos feito isso por muito tempo”, disse o treinador.