Nesta quinta-feira, 11, os clubes paulistas e a FPF (Federação Paulista de Futebol) receberam a notícia de que o Campeonato Paulista será paralisado inicialmente por 15 dias, por conta do avanço da pandemia de coronavírus no Estado.
Logo que souberam, as partes consideraram continuar com as partidas em outro Estado que estivesse com a situação melhor do que em São Paulo, e fizeram um pedido ao governador do Rio de Janeiro.
De início, Cláudio Castro deu o aval para a realização de jogos do Paulistão no Rio, mas logo em seguida recuou, vetando que as partidas sejam realizadas no estado.
O recuo da decisão foi publicado em nota oficial cerca de duas horas e meia depois de o Governo ter confirmado à Federação de Futebol do Rio (Ferj) e de São Paulo (FPF) que o estado estava de “Portas abertas”.
Segundo o site “Globo Esporte”, após o aval aos clubes paulistas, o governador foi aconselhado a ouvir seu conselho técnico, que rechaçou a ideia. Após a consulta, o governo enviou a nota de recusa.
“O governador em exercício Cláudio Castro foi consultado sobre abrir estádios do Rio para o Paulistão, mas negou por conta do avanço dos números da Covid no estado”, publicou.
A negativa frustrou a ideia da FPF de ter uma opção para a continuidade da competição, vetada em São Paulo, pelo governador João Doria, por conta às restrições provocadas pela pandemia de coronavírus.
Até porque a informação de que o Rio estava aberto para receber os jogos chegou à FPF no meio da reunião com os clubes paulistas. Os presidentes das equipes foram avisados de que o governador do Rio havia dado o aval por volta de 16h30 (horário de Brasília).
Neste momento, houve questionamentos sobre como seriam feitos os deslocamentos e quem arcaria com as hospedagens dos atletas.
O presidente da Ferj, Rubens Lopes, foi quem intermediou o contato:
“Fui procurado pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, e o presidente da Federação Paulista, Reinaldo Bastos, sobre a possibilidade de receber no estado os jogos da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista. Desportivamente, não vejo nenhum obstáculo. O Protocolo Jogo Seguro é referência. Entretanto, eu não posso fazer nada sem comunicação ou ciência do Governador e Prefeito”, disse o dirigente após recuo do governo.