Como se a indefinição sobre a presidência do Vasco já não fosse o suficiente para ocupar a cabeça dos dirigentes do clube, a situação dentro de campo se tornou ainda mais complicada neste momento.
A goleada por 4 a 1 sofrida para o Ceará, na segunda-feira, 30, em casa, manteve o Cruzmaltino na zona de rebaixamento do Brasileiro e pesou o ambiente interno do clube.
Poucas horas antes de a bola rolar para o segundo e decisivo jogo contra o Defensa y Justicia, da Argentina, que vale vaga nas quartas de final da Sul-Americana, integrantes de organizadas protestaram na entrada do CT do Almirante.
No último mês de mandato, o presidente Alexandre Campello, em tom de desabafo, se pronunciou sobre o conturbado momento do Vasco.
Ele relevou que desceu para o vestiário após a goleada para o Ceará e elevou o tom de cobrança após a vexatória atuação em São Januário. Em 17º lugar no Brasileiro, com 24 pontos, o Vasco
tem 36% de risco de rebaixamento.
“O que eu posso falar sobre o momento atual do futebol do clube é que obviamente estou muito decepcionado, assim como qualquer outro vascaíno, bastante insatisfeito. As cobranças têm acontecido. Na segunda-feira, após o jogo dentro do vestiário nós tivemos uma conversa dura, uma conversa de cobrança. Uma cobrança feita para todos, comissão técnica, funcionários, jogadores e a própria diretoria”, disse Campello, revelando mais detalhes sobre a reunião.
“A gente entende que esse é um momento que requer uma concentração muito grande, que cada um de nós precisa dar algo algo mais, precisa ter uma entrega maior do que a que vem sendo dada para que a gente saia dessa situação. É inadmissível que o Vasco esteja na posição que está no Brasileiro com o elenco que tem. O Vasco não tem um elenco que justifique estar nessa posição. Acredito que, com o elenco que temos, deveríamos estar numa posição bem superior em relação à que nós nos encontramos hoje”, finalizou.
À espera de uma resposta convincente no confronto com o Defensa y Justicia, nesta quinta-feira, 3, às 21h30 (horário de Brasília) em São Januário, Campello lamentou o desenrolar do processo eleitoral do Vasco, com dois candidatos eleitos e a promessa de uma longa disputa no campo jurídico.