Após a vitória do Guarani por 3 a 2 sobre a Ponte Preta, na última segunda, 16, a súmula do clássico revelou mais dois fatos que aconteceram após a confusão no dérbi 196.
Além do cartão vermelho direto para o atacante Roger por iniciar o tumulto generalizado, o árbitro Salim Fende Chávez relatou em súmula que o zagueiro Alisson foi expulso por dar um soco em Romércio durante a confusão e que o goleiro Jefferson Paulino apareceu no vestiário da arbitragem para entregar a camisa ao quarto árbitro.
A respeito da expulsão de Alisson, Salim Fende Chávez relatou em súmula que foi “informado pelo quarto árbitro Sr. Ilbert Estevam da Silva que o zagueiro Alisson, número 23 da Ponte Preta, atingiu com um soco no rosto o adversário Romércio, número 33 do Guarani” e que não mostrou o cartão vermelho para o jogador por não encontrá-lo no meio da confusão.
Sobre Roger, Salim escreveu que o “expulsou diretamente por correr de forma acintosa em direção a Jefferson Paulino, causando tumulto generalizado”. Como o atacante tinha recebido o terceiro cartão amarelo com a bola rolando e depois recebeu o vermelho direto, ele cumprirá dois jogos de suspensão caso o Campeonato Paulista for retornado. A competição está paralisada por tempo indeterminado por conta do coronavírus.
A tendência é que Alisson e Roger sejam denunciados pelo TJD-SP e futuramente julgados pelo tumulto no dérbi.
Salim ainda relatou na parte de “observações e ocorrência” o que chamou de visita “surpreendente” do goleiro Jefferson Paulino ao vestiário da arbitragem após a partida. O arqueiro estava envolvido na briga, assim como Roger. A revolta do atacante partiu de um chapéu dado pelo goleiro quando a bola já estava parada.
“Terminado o jogo, estávamos no vestiário da arbitragem recebendo o feedback da assessora de arbitragem Sra. Ana Paula Oliveira, quando fomos surpreendidos pela entrada do goleiro da equipe do Guarani, Sr. Jefferson da Silva Paulino, que entregou sua camisa ao quarto árbitro, Sr. Ilbert Estavam da Silva. Imediatamente, a assessoria solicitou ao mesmo educamente que se retirasse do vestiário. Posterior a isso procuramos o delegado da partida, Sr Márcio Reis Carvalho de Luna, para sabermos como o atleta teve acesso ao nosso vestiário, porém, não o encontramos devido o mesmo estar envolvido nos conflitos que estavam ocorrendo na parte externa do estádio. Após 5 minutos, encontramos o grupo de fiscais no qual o quarto árbitro entregou a camisa ao Sr Antônio Carlos Marques Jr pedindo a gentileza para devolvê-la ao jogador. O fiscal entregou a camisa ao gerente de futebol do Guarani Sr Sérgio Fernando do Prado, que veio ao vestiário da arbitragem nos pedir desculpas pelo ato impensado do seu atleta”, escreveu Salim em súmula.
A partida entre Guarani e Ponte Preta foi realizada com portões fechados. O árbitro não citou o confronto que aconteceu entre a Polícia Militar e a torcida do Guarani em frente ao estádio Brinco de Ouro, no fim do primeiro tempo, e que terminou com quatro policiais feridos. Nesse caso, cabe à PM relatar a confusão à Federação Paulista de Futebol.
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