A tragédia que aconteceu há um ano no Ninho do Urubu segue dando o que falar nos holofotes das mídias. Na última quarta-feira, 5, o Vasco entrou em campo contra o Oriente Petrolero, da Bolívia, para a primeira fase da Sul-Americana.
Após a vitória por 1×0 e a classificação, o clube carioca respirou um pouco fora da ‘zona de desespero’ que vinha enfrentando depois de uma sequência de resultados negativos. Em entrevista coletiva, tanto os jogadores, quanto Abel enalteceram a importância da conquista.
O zagueiro Werley além de comemorar a vitória, lamentou o fato de que as situações judiciais envolvendo o incêndio no Ninho seguem ‘paradas’. Relembrando o primo, Pablo Henrique, que lá estava, o profissional se emocionou ao dizer que a família ainda sofre em lidar com a dor.
“É uma situação difícil. Foi um ano muito difícil. Era meu primo, mas o sentia praticamente como um filho. Morou alguns meses comigo. A dor continua, acho que a ferida nunca vai se fechar para a nossa família. Temos de seguir a nossa vida, o Pablo tinha o sonho de ser jogador de futebol. Infelizmente, foi interrompido pela tragédia”, disse ele.
Ainda no assunto, Werley comentou a forma com que a justiça estaria lidando com a situação. Em seu ponto de vista, mesmo sabendo da dificuldade que é lidar com este tipo de caso, o jogador revelou que esperava um pouco mais de efetividade por conta de quem está responsável.
“Os advogados, junto com meus tios, estão cuidando disso. A gente sabe que está difícil. Faz um ano, e o inquérito ainda não foi fechado. As coisas estão paradas. A gente só quer que os culpados sejam punidos. Alguém é culpado. Eu cresci dentro de concentração, e infelizmente isso aconteceu. Na hora certa, as coisas vão acontecer”, pontuou o jovem.
À época, Werley esteve no Instituto Médico Legal (IML) para auxiliar na liberação do corpo de Pablo. Até o momento, o Flamengo fechou quatro acordos com as famílias.