Há três semanas a Floresta Amazônica nos estados do Norte está em chamas. Em solidariedade à situação das matas no país, grandes nomes do esporte mundial fizeram apelo aos seguidores para que as queimadas acabem e Kaká foi um deles.
O ex-jogador de futebol publicou uma arte feito pelos artistas plásticos Os Gêmeos e lamentou a situação. “E a natureza aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. Me perdoe”, escreveu ele na legenda.
Em meio a diversas mensagens de apoio, o atleta recebeu uma crítica de um internauta. “O desmatamento é o mesmo de todos os anos, Kaká. Revolta seletiva ou o que? A Amazônia é digna de nossa preocupação e cuidado, mas não caia nesse papo que já está provado que é furado”, opinou o usuário da rede.
Sem se abalar, Kaká rebateu o comentário com educação. “Pois é, talvez chegou a hora de acordarmos. Porque o clamor da natureza pela nossa intervenção tem sido grande”, disse ele, que recebeu a aprovação dos fãs.
Entre janeiro e agosto desse ano, o número de focos do incêndio florestal aumentou 82% em relação ao mesmo período no ano passado. O desmatamento ilegal e período de seca também contribuiu para a alta. A Amazônia é o bioma mais afetado com mais 50% dos casos. Cerrado vem em seguida.
Na última segunda-feira, 19, os estados de São Paulo, Mato-Grosso do Sul e Paraná viram o dia virar noite após uma nuvem negra provinda das fumaças chegar à região. Por volta das 15h, uma forte névoa escura cobriu a capital paulista, deixando a cidade no escuro.
Isso aconteceu depois que uma frente fria com ventos marítimos trazida do Sul trouxe uma nuvem mais baixa e carregada. Assim a fumaça originada das queimadas se potencializou.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa (Inpe), em comparação ao ano passado, cinco estados tiveram um maior aumento no número de queimadas no país: Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Acre e Rio de Janeiro. Mais de 71 mil pontos de foco foram identificados esse ano. No ano passado foram registrados pouco mais de 39 mil. Mato Grosso alcançou 260% a mais o nível de queimadas.
Bolívia, Peru e Paraguai também são afetados.